Leitura Bíblica: Tiago 2:25-26
Versículo-chave: “Assim como o corpo sem fôlego está morto, também a fé sem obras está morta.” (Tiago 2:26 NVT)
Tiago prossegue ressaltando o valor da fé unida à prática, destacando que todo cristão precisa evidenciar sua crença por meio de ações concretas, assim como fez Abraão. Para reforçar seu ensino, Tiago também menciona o exemplo de Raabe:
“Raabe, a prostituta, é outro exemplo. Ela foi declarada justa por causa de suas ações quando escondeu os mensageiros e os fez sair em segurança por um caminho diferente.” (Tiago 2:25 NVT)
Do mesmo modo que Abraão, Raabe creu e agiu. Ela confiou que o Senhor era soberano e entregaria a terra de Canaã ao povo de Israel, inclusive a cidade de Jericó. Sua fé não ficou apenas em palavras, mas foi traduzida em atos que correspondiam à sua confiança (Josué 2:11; Hebreus 11:31).
Agora, imagine se, como o exemplo citado em Tiago 2:15-17, Raabe tivesse se limitado a abençoar os espias israelitas, sem lhes oferecer ajuda prática. Eles poderiam ter sido capturados e mortos pelo rei de Jericó — ou Deus poderia tê-los livrado de outra maneira. De todo modo, Raabe e sua família teriam perecido em Jericó, como resultado de uma fé inútil.
“Assim como o corpo sem fôlego está morto, também a fé sem obras está morta.” (Tiago 2:26 NVT)
Tiago faz uma comparação entre o corpo humano e a fé: assim como o fôlego sustenta o corpo, as obras sustentam a fé. Em outras palavras, sem prática, a fé até existe, mas “está morta”. Por exemplo, cuidar e suprir as necessidades do próximo deve ser resultado da nossa confiança no mandamento bíblico de amar ao próximo como a nós mesmos — e não o inverso.
A Parábola do Samaritano reforça esse elo entre fé e prática — exatamente como Tiago ensina. Após ser questionado por um intérprete da lei a respeito de “Quem é o meu próximo?” (Lucas 10:29 NVT), Jesus respondeu mostrando que o próximo não é definido por conveniência, religião ou afinidade, mas pela urgência da necessidade.
Na parábola (Lucas 10:30-37), um homem foi atacado e deixado quase morto à beira do caminho. O sacerdote e o levita — homens religiosos — ignoraram a situação, atravessando para o outro lado. Já o samaritano, considerado inimigo pelos judeus, demonstrou compaixão: cuidou das feridas do homem e garantiu-lhe provisão.
Portanto, o próximo pode ser alguém totalmente distinto de nós, até mesmo um adversário. Amar a Deus de todo o coração e amar ao próximo como a nós mesmos não pode permanecer apenas em teoria, precisa ser expresso em atitudes reais. Não porque as obras sejam o meio de alcançar a vida eterna, mas porque a fé genuína, concedida pela graça, sempre se revela em boas obras. Uma fé sem frutos é morta; porém, se for verdadeira, inevitavelmente se manifestará em amor ativo e obediência.
Uma resposta
Muito bom abençoado