Leia Tiago 2:12
“Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.”
Cada indivíduo que se declara cristão deve ter a certeza de que sua conduta está alinhada com a doutrina que professa. É comum encontrarmos pessoas que repetem um “discurso religioso” sem se preocupar em viver de acordo com aquilo que professam. Como podemos avaliar isso? Em primeiro lugar, é essencial compreender que nossa fala e procedência serão julgados “pela lei da liberdade”.
A verdadeira liberdade não consiste em alienar-se de Deus e criar nossas próprias regras, assumindo um papel que não nos pertence ao decidir o que é certo e errado. Liberdade, nesse contexto, significa crer que Deus é o verdadeiro Senhor e, portanto, submeter-se à Sua vontade. Isso só é possível ao nos rendermos a Jesus, o Cristo, como nosso Senhor e Salvador. Esta é a essência da “lei da liberdade”!
Por isso é que não somos livres para viver em pecado (leia Romanos 6:1-7). Pelo contrário, morremos para o pecado e renunciamos a nossa antiga maneira de viver. Agora, Cristo vive em nós (leia Gálatas 2:20), e somos libertos do pecado para viver de acordo com a vontade de Deus. Isso implica em obedecer aos Seus mandamentos.
Em virtude da nossa fé em Cristo Jesus, podemos trilhar o caminho de cumprir a lei, algo que Ele mesmo já havia cumprido totalmente conforme declarou no Sermão do Monte:
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim anular, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.” (Mateus 5:17,18)
Verdadeiros discípulos de Cristo são aqueles que manifestam as características que Ele enumerou no início do Sermão do Monte, conhecidas como as “bem-aventuranças” (Mateus 5:3-12). Estas bem-aventuranças nos confrontam por um lado, ao mesmo tempo que, por outro lado, nos tornam participantes de “uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para nós”(1 Pedro 1:4).
Portanto, “assim devemos falar, e assim devemos proceder”. Nossa fala e ação devem estar em harmonia, seguindo integralmente a “lei da liberdade” que o Evangelho nos proporciona. Em Cristo, não há mais barreiras para nossa comunhão com Deus, pois essa lei está gravada em nossos corações, evidenciando a presença do Espírito Santo em nós. Com alegria, proclamamos que não estamos mais sob a maldição da lei, pois agora a “lei da liberdade” nos capacita a expor, viver e ensiná-la com a mesma autoridade do nosso Mestre. Porque Jesus, ao contrário dos escribas e fariseus, “assim falava [ensinava] e assim procedia [praticava]” (Mateus 7:28,29).