Leitura Bíblica: Efésios 5:18-21
Versículo-chave: “Não se embriaguem com vinho, pois ele os levará ao descontrole. Em vez disso, sejam cheios do Espírito.” (Efésios 5:18 NVT)
Assim como já observamos anteriormente, o insensato é aquele que, ao invés de remir o tempo, se deixa dominar pelas circunstâncias. Em contrapartida, o sábio busca discernir a vontade do Senhor, tanto no que diz respeito ao viver diário, quanto na compreensão do Seu propósito e princípios para a vida.
Em Efésios 5:18, encontramos outra exortação para andarmos em sabedoria:
“Não se embriaguem com vinho, pois ele os levará ao descontrole.”
Nos cultos pagãos em Éfeso, o vinho estava vinculado à bebedeira, idolatria e impureza moral. O mandamento “não se embriaguem” evidencia não apenas o perigo e o prejuízo desse vício, mas também estabelece um contraste entre a forma de vida mundana e a maneira de viver segundo a vontade de Deus.
Também é interessante ressaltar que logo após dizer “não se embriaguem com vinho”, Paulo expõe o motivo: “pois ele os levará ao descontrole”. A palavra “descontrole” indica um comportamento dissoluto (desequilibrado, excessivo), que inclui as ideias de “contenda” e “desperdício de vida”. Por essa razão, Paulo estabelece um contraste:
“Em vez disso, sejam cheios do Espírito.” (Efésios 5:18 NVT)
Mas, se já fomos selados definitivamente pelo Espírito Santo (Efésios 1:13-14), como compreender a ordem “sejam cheios do Espírito”? Sim, os cristãos foram selados pelo Espírito Santo de forma definitiva. Contudo, diariamente precisam experimentar a ação desse mesmo Espírito dominando e conduzindo todas as áreas de sua vida. Isso significa que a exortação “sejam cheios do Espírito” não descreve um evento isolado na caminhada cristã, mas uma experiência constante. Como?
“…cantando salmos, hinos e cânticos espirituais entre si e louvando o Senhor de coração com música.” (Efésios 5:19 NVT)
Os salmos, entoados desde a peregrinação de Israel no deserto, exaltam as maravilhas do Senhor. O apóstolo orienta a igreja a cultivar diálogos que fortaleçam a fé, promovam o amor, perdão e edificação (Efésios 4:29; 5:3-4). Mas também a cantar entre si “hinos e cânticos espirituais”.
A adoração genuína é um dos meios pelos quais somos cheios do Espírito. Se cantarmos distraídos, preocupados apenas com melodia ou instrumentos, desperdiçamos a ocasião de adorar de modo adequado. Quando, porém, deixamos de lado as preocupações exteriores e nos concentramos em glorificar a majestade de Deus, louvando-O de coração, somos realmente cheios do Espírito Santo.
“Por tudo deem graças a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Efésios 5:20 NVT)
Aqui vemos outro caminho para sermos cheios do Espírito Santo: a gratidão. Reconhecer a Deus por tudo o que Ele realizou por meio de Seu Filho nos conduz à gratidão. O coração grato elimina a amargura, a raiva, o rancor, a indiferença e a frieza. Já a ingratidão aprisiona a pessoa em lamentos, queixas e pensamentos sombrios. Quem é cheio do Espírito é alegre, grato e capaz de encorajar e edificar outros. A gratidão não significa ignorar as adversidades, mas enxergar o cuidado de Deus em todas as circunstâncias.
Portanto, o cristão cheio do Espírito Santo é alguém comprometido com Palavra, que não se embriaga com vinho e que preza pela edificação mútua dentro do Corpo de Cristo. O cristão cheio do Espírito é dedicado à adoração verdadeira, tem o coração grato e disposição para ser submisso “aos outros por temor a Cristo” (Efésios 5:21 NVT).
Reflita: você é um cristão cheio do Espírito Santo?
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