Leia Hebreus 6:7,8
“Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas a que produz espinhos e ervas daninhas, é reprovada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada.”
Os versículos de hoje ilustram bem a situação descrita na passagem de Hebreus 6:4-6 (anteriormente estudada). O conceito de “embeber a chuva” diz respeito às bênçãos espirituais que recaem sobre os diversos tipos de solos. No entanto, não podemos discernir que tipo de crescimento (caso ocorra) se manifestará. Essa analogia engloba, especificamente, dois tipos de solo: um responde à chuva e “produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada” e “recebe a bênção de Deus”; enquanto o outro é estéril, “produz espinhos e ervas daninhas” e, assim, “é reprovado”.
De maneira similar, pessoas que ouvem atentamente o Evangelho e respondem com fé salvífica manifestam vida. Entretanto, outros que frequentam a Igreja, ouvem a verdade, mas, eventualmente, abandonam tudo diante de alguma adversidade, assemelham-se a um campo onde a vegetação nunca prospera. Como resultado, enfrentarão julgamento, “perto estão da maldição”.
“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.” (Hebreus 6:9)
As “coisas melhores” que estão destinadas a acompanhar a salvação são listadas em Hebreus 6:10-12 (leia): trabalho, amor, serviço, dedicação, convicção segura na salvação e fé, paciência, e a herança das promessas. Esses elementos constituem o conjunto de “coisas que acompanham a salvação” e nos torna participantes de Cristo; mas, somente se mantivermos firmemente o alicerce da nossa confiança até o fim (leia Hebreus 3:14). Cristo, por meio de Seu único e perfeito sacrifício, aperfeiçoa eternamente aqueles que estão sendo santificados (leia Hebreus 10:14). Em outras palavras, tornar-se um beneficiário da obra redentora de Cristo na cruz resulta em aperfeiçoamento eterno.
No desfecho, o autor de Hebreus dirige uma oração, a fim de que:
“O Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, nos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazermos a Sua vontade, operando em nós o que perante Ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém.” (Hebreus 13:20,21)
Perceba que, no versículo 21 fica evidente que nossa capacidade de perseverar na fé e de frutificar não depende de nós, mas de Deus. Ele está atuando em nós, cumprindo aquilo que é aceitável aos Seus olhos. Ele está cumprindo a promessa de nos preservar para que perseveremos.
Portanto, o estado e a experiência espiritual dos “iluminados” citados em Hebreus 6:4-6 se assemelham aos três primeiros tipos de solo da Parábola do Semeador, onde somente o quarto solo é caracterizado como bom e, portanto, frutífero. Os demais solos representam indivíduos que ouviram o Evangelho, reagiram de formas diferentes, mas nenhum deles produziu o fruto que atestaria uma verdadeira conversão, visto que a apostasia deles revela a falsidade de sua fé “demonstrada” inicialmente (leia João 8:31; Hebreus 3:6; 1 João 2:19).
E você, que o que tem produzido: erva proveitosa ou ervas daninhas?
Como está sua diligência em ouvir e praticar a Palavra?
Para onde fluem seus pensamentos na maior parte do dia: para as preocupações mundanas ou para a eternidade?
Como a sua fé se mantém diante da adversidade?
Reflita sobre isso!