Leitura Bíblica: Tiago 1:13
Versículo-chave: “E, quando vocês forem tentados, não digam: ‘Esta tentação vem de Deus’, pois Deus nunca é tentado a fazer o mal, e ele mesmo nunca tenta alguém.” (Tiago 1:13 NVT)
Compreender a distinção entre provação e tentação é de extrema relevância! Em termos mais amplos, as duas palavras se relacionam ao ato de “testar o valor, a essência e o caráter de uma pessoa”. Contudo, a principal diferença está no fato de que Deus, conforme Sua vontade soberana e visando nosso crescimento, pode nos conduzir a provações, mas jamais à tentação:
“E, quando vocês forem tentados, não digam: ‘Esta tentação vem de Deus’, pois Deus nunca é tentado a fazer o mal, e Ele mesmo nunca tenta alguém.” (Tiago 1:13 NVT)
A provação tem um papel pedagógico: seu intuito é extrair o que há de melhor em nós. Em uma avaliação escolar, o professor não orienta os alunos durante o exame, mas permanece em silêncio – visto que já ensinou todo o conteúdo necessário para que tenham bom êxito na prova.
Do mesmo modo, ao enfrentarmos provações, não devemos ficar questionando: “Por que Deus está em silêncio? Será que não se importa com a minha dor?”. Na realidade, o Senhor já nos forneceu, por meio das Escrituras, todos os recursos indispensáveis para atravessarmos as provações com discernimento e vivermos de forma a glorificá-Lo. O propósito da provação é sempre edificar, revelar nossa confiança no Senhor e nos conduzir à obediência:
“Lembrem-se de como o Senhor, seu Deus, os guiou pelo deserto estes quarenta anos, humilhando-os e pondo à prova seu caráter, para ver se vocês obedeceriam ou não a seus mandamentos.” (Deuteronômio 8:2 NVT)
No entanto, assim como sucedeu com Israel, determinadas provações podem se transformar em tentações por causa da nossa inclinação pecaminosa. Diante da provação, o cristão se depara tanto com alternativas corretas e justas, quanto com caminhos errados e ilícitos. E, às vezes, tenderá a se inclinar para o mal, influenciado tanto pela corrupção interior quanto pelas ciladas de Satanás.
O Senhor pode, por exemplo, permitir que alguém enfrente um tempo de desemprego — isso constitui uma provação. Contudo, se durante esse período a pessoa cogitar recorrer a caminhos desonestos, a provação se transformará em tentação. Nesse cenário, Deus, em Sua soberania, permitiu a provação; mas foi a própria pessoa, em sua responsabilidade humana, quem escolheu seguir meios ilícitos. Por isso, jamais se pode afirmar que tal tentação procede de Deus, pois ela nasce dos desejos corrompidos do coração humano:
“A tentação vem de nossos próprios desejos, que nos seduzem e nos arrastam. Esses desejos dão à luz o pecado, e quando o pecado se desenvolve plenamente, gera a morte” (Tiago 1:14-15 NVT)
Sendo assim, a provação é uma ação de Deus para extrair o melhor de nós, enquanto a tentação pode ser usada pelo inimigo para estimular o que há de pior em nós. Mas…
“Por meio da fé que vocês têm, Deus os protege com seu poder até que recebam essa salvação, pronta para ser revelada nos últimos tempos. Portanto, alegrem-se com isso, ainda que agora, por algum tempo, vocês precisem suportar muitas provações. Elas mostrarão que sua fé é autêntica. Como o fogo prova e purifica o ouro, assim sua fé está sendo experimentada, e ela é muito mais preciosa que o simples ouro. Isso resultará em louvor, glória e honra no dia em que Jesus Cristo for revelado.” (1 Pedro 1:5-7 NVT)