Leia Mateus 13:23
“Mas, o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a Palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta.”
Todos sabemos que o versículo de hoje diz respeito à explicação de Jesus aos seus discípulos sobre a Parábola do Semeador. Seu ensinamento central é que apenas “a semente semeada em boa terra” permanecerá. Essa boa terra representa aqueles que ouviram, compreenderam a Palavra de Deus, foram regenerados pelo Espírito Santo e, como resultado, “produz fruto”. É essencial ressaltar que a quantidade de frutos é distinta entre um regenerado e outro: “um produz cem, outro sessenta, e outro trinta”.
A crença na perseverança dos santos está firmada na eleição divina e na promessa de Deus de preservar aqueles que Ele escolheu desde a eternidade (João 10:28). Assim como o apóstolo Paulo (leia Filipenses 1:3-6), podemos e devemos confiar plenamente que, Cristo aperfeiçoará e concluirá a obra que Ele mesmo começou em nós. Cristo é o “Autor e Consumador da fé”, como está escrito em Hebreus 12:2 (leia).
Por isso, nossa confiança não está fundamentada em nossas próprias forças. Pelo contrário, devemos aprender com o exemplo de Pedro, que, apesar de sua determinação em nunca negar seu Senhor, caiu em sua fraqueza humana. Quando Jesus previu a negação de Pedro (leia Lucas 22:33,34) e ele protestou veementemente, o Senhor olhou para seu discípulo e disse: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos” (Lucas 22:31,32).
Perceba que Jesus não disse: “Se te converteres”. Ele disse: “Quando te converteres”. Pedro pertencia a Cristo e, embora tenha cometido vários tropeços em sua caminhada, a obra intercessora de Cristo foi tão eficaz que Pedro não se perdeu. Pedro era a boa terra onde a semente foi semeada e, por isso, permaneceu firme. Assim, a única razão “Por que os eleitos perseverarão?” é que Deus nos preserva.
A Oração Sacerdotal de Jesus mostra que Ele orou não apenas por seus discípulos, mas por todos os que viriam a crer nEle – incluindo nós – para que fôssemos guardados e preservados do mal:
“E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.”
(João 17:11,15,24)
Portanto, se ficássemos entregues a nós mesmos, é fato que poderíamos cair a todo momento, e Satanás poderia nos “peneirar como o trigo”. Contudo, nossa confiança na consumação da nossa salvação repousa na promessa de Deus de completar a obra que Ele mesmo iniciou. Depositamos nossa confiança na eficácia do nosso Grande Sumo Sacerdote, que intercede por nós diariamente (leia Romanos 8:34). Ele nos preservará!