Leia Lucas 14:26,27,33
“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.”
Certamente, a crença em Deus Pai e Cristo Jesus, o Filho, é fundamental para a salvação, como mencionado nas Escrituras. A salvação é um presente gracioso de Deus, uma dádiva que não merecíamos. Ninguém pode se vangloriar de ter feito algo para merecer a vida eterna, pois ela é, puramente, uma demonstração do amor incondicional de Deus por nós.
No entanto, é importante compreender que ser um seguidor genuíno de Jesus requer mais do que apenas palavras vazias. Como Ele mesmo alertou:
“Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus’” (Mateus 7:21).
Nossas ações devem refletir nossa fé e obediência a Deus. De nada adianta chamar “Senhor, Senhor” e não fazer o que Ele diz (leia Lucas 6:46).
Receber a vida eterna não se resume a fazer uma profissão de fé superficial, como podemos ver no episódio do jovem rico. Ao questionar sobre “como conseguir a vida eterna” recebeu do Mestre a seguinte resposta: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” (leia Mateus 19:16,17). Observe que a resposta de Jesus não foi: “nada é necessário fazer, a não ser crer em Mim”, mas enfatizou que a obediência aos princípios divinos faz parte do processo.
Todos nós já ouvimos a expressão: “A salvação é gratuita, mas não é barata”; e esta é uma expressão verdadeira. A nossa vida eterna foi conquistada através do sacrifício de Jesus Cristo. Ele, como Filho de Deus, voluntariamente entregou Si mesmo, em nosso lugar, cancelando toda a nossa dívida junto ao Pai (lei Colossenses 2:14). Em resposta a essa graça incomparável, somos chamados a entregar nossas vidas em devoção e dedicação a Ele. Porque, embora a salvação seja um dom gratuito de Deus, não podemos ignorar o custo envolvido:
“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.”
Perceba que Jesus não está dizendo: “Se alguém quiser ser meu discípulo e vier após mim, terá riquezas, honras e felicidade”, não! Mas o Senhor está dizendo o contrário: só pode ser discípulo de Cristo aqueles que estão dispostos a abandonar pai, mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida! Isso não significa que devemos odiar ou desprezar nossos entes queridos; devemos amá-los. No entanto, nosso amor por Cristo deve ser supremo, e nada deve nos impedir de segui-Lo e obedecê-Lo, nem mesmo nossos laços familiares mais próximos. Devemos estar dispostos a abrir mão de tudo o que possa nos afastar de Deus, mesmo que isso signifique enfrentar desafios e perdas.
A fé verdadeira se manifesta através de ações. Quando assumimos uma verdadeira profissão de fé, a menos que abandonemos tudo que temos, não poderemos ser chamados discípulos de Cristo. Portanto, como diz Tiago:
“Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o creem e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?” (Tiago 2:19,20).
Sim, uma fé que não tem como resultado as obras de obediência,
“é morta em si mesma” (Tiago 2:17).
Pense nisto!