Leitura Bíblica: Atos 26:24-32
Versículo-chave: “Paulo respondeu: ‘Em pouco ou em muito tempo, peço a Deus que tanto o senhor como os demais aqui presentes se tornem como eu, exceto por estas correntes’.” (Atos 26:29 NVT)
O rei Agripa II era descendente da linhagem herodiana, que exerceu domínio sobre Israel por diversas gerações. Dessa forma, ele possuía um vasto conhecimento acerca das tradições e crenças dos judeus. Isso representava uma excelente oportunidade para Paulo proclamar sua fé em Cristo.
Ao apresentar sua defesa, Paulo levantou uma questão intrigante: “Por que lhes parece tão incrível que Deus ressuscite os mortos?” (Atos 26:8 NVT). Dessa maneira, como mencionado anteriormente, o cerne da pregação de Paulo era a afirmação de que Jesus está vivo.
Note que, ao afirmar que Moisés e os profetas haviam previsto – “que o Cristo sofreria e seria o primeiro a ressuscitar dos mortos” (Atos 26:23 NVT) – Festo exclama em voz alta: “Paulo, você está louco! O excesso de estudo o fez perder o juízo!” (Atos 26:24 NVT).
Embora Paulo ainda não tivesse concluído sua defesa, suas palavras tiveram um forte impacto sobre Festo, que o interrompeu de forma abrupta, chamando-o de louco. O discurso de Paulo parecia absurdo aos ouvidos de Festo, mas o que realmente o incomodava era o fato de saber que, no fundo, as palavras do apóstolo eram “a mais sensata verdade” (Atos 26:25 NVT).
Paulo direciona-se ao rei e, ao dizer que Agripa entendia bem sobre o que ele dizia, Paulo buscava persuadi-lo a confessar sua crença nos escritos dos profetas. O rei percebeu que Paulo estava fazendo algo mais do que defender a fé; na verdade, ele estava tentando convencê-lo a também se tornar um seguidor de Jesus Cristo.
Se Agripa negasse sua fé nos profetas, despertaria a indignação dos judeus. Por outro lado, se admitisse acreditar neles, fortaleceria os argumentos de Paulo e comprometeria sua credibilidade perante Festo, que acabara de chamar o apóstolo de louco. Para escapar dessa situação embaraçosa, Agripa interrompeu Paulo com a seguinte pergunta: “Você acredita que pode me convencer a tornar-me cristão em tão pouco tempo?” (Atos 26:28 NVT).
Com ousadia, Paulo respondeu:
“Em pouco ou em muito tempo, peço a Deus que tanto o senhor como os demais aqui presentes se tornem como eu, exceto por estas correntes.” (Atos 26:29 NVT)
A resposta de Paulo expressava seu desejo sincero de que todos ali presentes fossem transformados por Cristo, mas sem as correntes que o aprisionavam. De fato, sua maior preocupação não era sua liberdade física, mas a salvação daqueles ouvintes. Percebendo que a conversa havia se tornado profundamente pessoal, o rei Agripa prontamente encerrou a audiência.
Nos dias atuais, reações semelhantes continuam a ocorrer: algumas pessoas consideram a mensagem do Evangelho um absurdo, algo sem sentido ou até mesmo uma tolice. Outras chegam a simpatizar com a fé, frequentam os cultos e se envolvem, mas permanecem indecisas. No entanto, há aqueles que creem no poder do Evangelho e se rendem completamente, pois entendem que foi Cristo quem iluminou sua mente para que pudessem crer.
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