Leitura Bíblica: Marcos 11:27-33
Versículo-chave: “Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu esse direito?” (Marcos 11:28 NVT)
A atitude de Jesus no templo despertou tamanha indignação nos principais sacerdotes e mestres da lei, que eles começaram a tramar um plano para matá-Lo (Marcos 11:18). Em outro momento, enquanto Jesus passava novamente pelo templo, esses mesmos líderes se aproximaram para confrontá-Lo:
“Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu esse direito?” (Marcos 11:28 NVT)
Eles desejavam desqualificar Jesus perante o povo, questionando a legitimidade de Suas ações. Se conseguissem levantar dúvidas sobre Sua autoridade, poderiam convencer a multidão a ignorar Seus ensinamentos. Como já haviam decidido rejeitar Suas palavras, estavam determinados a encontrar algum pretexto para acusá-Lo. No entanto, Jesus lhes respondeu com outra questão:
“Eu lhes direi com que autoridade faço essas coisas se vocês responderem a uma pergunta: ‘A autoridade de João para batizar vinha do céu ou era apenas humana? Respondam-me!’.” (Marcos 11:29-30 NVT)
João Batista era amplamente reconhecido como um profeta entre o povo, mas os líderes religiosos haviam rejeitado sua pregação. Caso afirmassem que a autoridade de João vinha do céu estariam, de modo implícito, admitindo que Jesus também agia sob autoridade divina. Por outro lado, se dissessem que sua autoridade era meramente terrena, enfrentariam a desaprovação do povo, que via João como um verdadeiro profeta. Após breve debate entre si, preferiram fingir ignorância a enfrentar os fatos. Silenciaram a consciência, refugiaram-se na falsidade e disseram: “Não sabemos” (Marcos 11:33a NVT).
Jesus, por sua vez, não se deixou levar por aquele embate vazio, tampouco se deixou abalar por sua resistência. Sabendo que aqueles homens não creriam, ainda que Ele lhes dissesse claramente que Sua autoridade provinha de Deus, limitou-se a encerrar o diálogo, dizendo: “Então eu também não direi com que autoridade faço essas coisas” (Marcos 11:33b NVT).
É lamentável perceber que atitudes enganosas como essas continuam presentes, inclusive entre os que professam a fé cristã. Diante de confrontos sobre sua conduta, alguns preferem distorcer a verdade. Alegam obstáculos e justificativas para não estarem servindo a Cristo como deveriam, quando, na prática, suas escolhas revelam um apego maior às trevas do que à luz, pois suas obras são más (João 3:19).
Por isso, devemos fugir de contendas que apenas alimentam divisões e causam escândalos no meio do povo de Deus. Afinal, “o servo do Senhor não deve viver brigando, mas ser amável com todos, apto a ensinar e paciente” (2 Timóteo 2:24 NVT).