Leitura Bíblica: Mateus 15:21-32
Versículo-chave: “Então os soldados o pregaram na cruz. Depois, dividiram as roupas dele e tiraram sortes para decidir quem ficava com cada peça.” (Marcos 15:24 NVT)
Após ter sido açoitado e maltratado pelos soldados romanos, Jesus foi conduzido ao local de sua execução. Segundo a Lei, a execução de uma pessoa condenada à morte, devia ser realizada fora da cidade (Levítico 24:14; Números 15:35-36; 1 Reis 21:13; Hebreus 13:12). Dessa forma, Jesus foi levado “a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer ‘Lugar da Caveira’” (Marcos 15:22 NVT).
Naquele tempo, era exigido que o réu carregasse o próprio instrumento de morte — a cruz. No entanto, devido ao extremo desgaste físico e à fraqueza do seu corpo, Jesus não conseguiu suportar o peso por muito tempo. Quando já não tinha forças, os soldados obrigaram um homem chamado Simão, natural de Cirene, a carregar a cruz até o local da execução. Costumava-se oferecer aos sentenciados um tipo de vinho misturado com mirra, usado como analgésico, mas Jesus recusou-se a tomá-lo.
“Então os soldados o pregaram na cruz. Depois, dividiram as roupas dele e tiraram sortes para decidir quem ficava com cada peça.” (Marcos 15:24 NVT)
A crucificação era um método de execução extremamente doloroso e prolongado. Pregos de ferro atravessavam os pulsos ou as mãos, prendendo a vítima ao madeiro, que também era amarrada à viga para reforçar a sustentação. Os pés, posicionados sobre um pequeno apoio de madeira, eram igualmente perfurados por cravos, que atravessavam os calcanhares. Esse tipo de ferimento causava grande perda de sangue e dores angustiantes.
Devido à posição na cruz, somada ao enfraquecimento físico, o ato de respirar ficava dificílimo. O peso do corpo forçava os pulmões para baixo, obrigando a pessoa a impulsionar as pernas para tentar aliviar a pressão e puxar o ar — movimento que, por conta dos cravos nos pés, era extremamente doloroso. A vítima ainda sofria com dores de cabeça intensas e uma sede insuportável. Esse processo durava até que o organismo entrasse em colapso total.
Depois que pregaram Jesus na cruz, os soldados repartiram entre si suas vestes, cumprindo assim a profecia registrada em Salmos 22:18. Além disso, Pilatos ordenou que fosse afixada acima da cabeça de Jesus uma placa escrita em três idiomas (João 19:19-20), que “anunciava a acusação feita contra ele: ‘O Rei dos Judeus’” (Marcos 15:26 NVT).
Jesus foi crucificado entre dois criminosos, um à sua direita e o outro à esquerda e, apesar disso ser mais uma afronta contra Aquele que sempre foi justo, ali se cumpria as Escrituras que dizem que Ele “foi contado entre os rebeldes” (Isaías 53:12 NVT).
Diante de todo este sofrimento, Jesus suportou a zombaria e o desprezo de todos: das pessoas que passavam por ali, dos principais sacerdotes e mestres da lei, e até mesmo dos criminosos que estavam sendo crucificados ao Seu lado (Marcos 15:29-32). O eterno Filho de Deus, o Criador de todas as coisas, voluntariamente se entregou. Com Sua morte, “Ele cancelou o registro de acusações contra nós, removendo-o e pregando-o na cruz. Desse modo, desarmou os governantes e as autoridades espirituais e os envergonhou publicamente ao vencê-los na cruz!” (Colossenses 2:14-15 NVT)