Leia Mateus 6:14,15
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.”
No desfecho de Seu ensinamento sobre a oração, o Senhor Jesus reitera a importância do perdão, conforme previamente mencionado em Mateus 6:12 (leia). A palavra “porque” em Mateus 6:14 estabelece uma conexão direta com o versículo anterior, enfatizando que a consciência do perdão é fundamental para a prática do perdão. Somente quando nos encontramos na posição de conceder o perdão é que percebemos a verdadeira complexidade dessa prática, não é mesmo? É, de fato, uma prática difícil, porém, absolutamente necessária! Quanto mais conscientes somos do perdão que recebemos (consciência), mais avançamos em conceder o perdão (prática).
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.”
Jesus não está afirmando que Deus nos concede perdão em troca do nosso perdão a outras pessoas. O perdão que recebemos é uma dádiva da graça de Deus, proporcionada por meio do sacrifício de Cristo. No entanto, esse perdão que nos foi generosamente concedido acarreta implicações para nós: “devemos perdoar uns aos outros, como também Deus nos perdoou em Cristo” (leia Efésios 4:32).
Além disso, é essencial lembrar que a falta de perdão prejudica a sinceridade do nosso culto a Deus:
“Se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.” (Mateus 5:23,24)
Em outras palavras, a reconciliação precede a adoração. Quando um judeu se dirigia ao Templo com uma oferta de sacrifício, significava que estava ofertando um pedido de perdão a Deus. O animal era sacrificado e seu sangue aspergido sobre o altar; então, o ofertante recebia a promessa do perdão divino. Este momento proporcionava uma oportunidade para a reflexão, uma vez que não fazia sentido um indivíduo se colocar diante de Deus em busca de perdão enquanto abrigava ressentimentos em seu coração contra o próximo. Como podemos suplicar pela misericórdia de Deus se não temos estendido misericórdia aos outros? (leia Mateus 5:7)
Você tem dificuldades para perdoar? Se a resposta for “sim!”, saiba que não está sozinho. No entanto, o perdão não é uma opção para os cristãos, mas uma ordenança bíblica para todos aqueles que fazem parte do Reino de Deus. Portanto…
“Se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também!” (Colossenses 3:13)
Medite nisto, deixe de lado o orgulho, opte pelo perdão e pela reconciliação, sempre!