Leitura Bíblica: Atos 25
Versículos-chave: “Os judeus, porém, não o acusaram de nenhum dos crimes que eu esperava. Ao contrário, era algo relacionado à sua religião e a um morto chamado Jesus, que Paulo insiste que está vivo.” (Atos 25:18-19 NVT)
Paulo foi detido em Jerusalém sob a acusação de desrespeitar o Templo, conforme narrado em Atos 21. Os judeus decidiram eliminá-lo, mas o comandante romano interveio. Depois de ser levado diante do Sinédrio, Paulo foi transferido para Cesareia após a descoberta de uma trama dos judeus para emboscar e matar o apóstolo. Durante sua defesa, Paulo manteve-se firme, sempre reforçando os mesmos pontos: ele destacou sua conversão após o encontro com Jesus no caminho de Damasco e, acima de tudo, sublinhou a ressurreição como a verdadeira esperança cristã.
Após o tumulto em Jerusalém e a prisão subsequente em Cesareia, o governador Félix foi substituído por Festo dois anos mais tarde. Durante uma visita de Festo a Jerusalém, os principais sacerdotes e líderes judeus apresentaram novas acusações contra Paulo. O governador orientou-os a acompanhá-lo até Cesareia para formalizar as denúncias (Atos 25:5).
Mais uma vez, Paulo defendeu-se vigorosamente, mas ao perceber o risco de ser levado a Jerusalém e enfrentar um julgamento injusto, ele escolheu apelar para César. Depois de consultar seu conselho, Festo respondeu: “Muito bem, você apelou para César, então irá para César” (Atos 25:12 NVT). Em outras palavras, como cidadão romano, Paulo tinha o privilégio de recorrer à mais alta instância judicial do Império, algo equivalente ao Supremo Tribunal Federal no contexto brasileiro — e ele fez valer esse direito.
Passado algum tempo desde os eventos anteriores, o rei Agripa II visitou Cesareia, acompanhado de sua irmã Berenice. Ao relatar o caso de Paulo ao rei, Festo comentou que os acusadores do apóstolo não trouxeram acusações significativas:
“Os judeus, porém, não o acusaram de nenhum dos crimes que eu esperava. Ao contrário, era algo relacionado à sua religião e a um morto chamado Jesus, que Paulo insiste que está vivo.” (Atos 25:18-19 NVT)
Fica evidente o tom superficial com que Festo menciona Cristo, Sua morte e ressurreição. Para o governador, Jesus parecia ser apenas “um morto chamado Jesus, que Paulo insiste que está vivo”. No entanto, esse mesmo Jesus, a quem Festo admite não conhecer e menospreza como alguém irrelevante, é, na realidade, Aquele que disse:
“Sou aquele que vive. Estive morto, mas agora vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do mundo dos mortos.” (Apocalipse 1:18 NVT)
A afirmação de Paulo sobre Jesus — de que Ele realmente vive! — é de importância crucial à fé cristã. Se a ressurreição de Cristo não fosse verdade, todos nós, cristãos, estaríamos sem esperança, conforme escreveu o apóstolo:
“E, se não existe ressurreição dos mortos, então Cristo também não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, a fé que vocês têm é inútil, e vocês ainda estão em seus pecados. Nesse caso, todos que adormeceram crendo em Cristo estão perdidos! Se nossa esperança em Cristo vale apenas para esta vida, somos os mais dignos de pena em todo o mundo.” (1 Coríntios 15:16-19 NVT)