Leitura Bíblica: Marcos 6:1-6
Versículo-chave: “Então Jesus lhes disse: ‘Um profeta recebe honra em toda parte, menos em sua cidade e entre seus parentes e sua própria família’.” (Marcos 6:4 NVT)
Jesus retornou com Seus discípulos para Nazaré, a cidade onde havia passado Sua infância e juventude. No sábado, Ele começou a ensinar na sinagoga, e, embora muitos reconhecessem Sua sabedoria e o poder de realizar milagres, ainda assim, buscaram desqualificá-Lo e nutriram preconceitos contra Sua pessoa:
“‘De onde vem tanta sabedoria e poder para realizar esses milagres? Não é esse o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Suas irmãs moram aqui, entre nós’. E sentiam-se muito ofendidos.” (Marcos 6:2,3 NVT)
A resistência daquele povo em reconhecer a autoridade de Jesus era notória. Eles O enxergavam apenas como um carpinteiro, filho de Maria, cujos irmãos e irmãs ainda conviviam entre eles. Apesar da admiração inicial, essa familiaridade gerava neles um sentimento de ofensa, levando-os a tratá-Lo com desdém e incredulidade.
O evangelista Marcos menciona nominalmente os quatro irmãos de Jesus, além de citar Suas irmãs. Um desses irmãos, Tiago, não acreditou em Jesus durante Seu ministério terreno (João 7:5), mas, ao que tudo indica, passou a crer após a ressurreição (Atos 1:14; 1 Coríntios 15:7). Posteriormente, ele se tornou uma liderança importante na Igreja de Jerusalém (Atos 15:13; Gálatas 1:19) e foi autor da epístola que leva seu nome. Judas, outro de Seus irmãos, também escreveu uma carta incluída no Novo Testamento (Judas 1:1).
“Então Jesus lhes disse: ‘Um profeta recebe honra em toda parte, menos em sua cidade e entre seus parentes e sua própria família’.” (Marcos 6:4 NVT)
Assim como muitos profetas do Antigo Testamento – como José, Moisés e Jeremias – Jesus enfrentou rejeição em Sua cidade e entre Seus familiares. Eles se prenderam à Sua condição humana e foram incapazes de enxergar o caráter divino de Suas palavras e ações. Por causa disso, Jesus “não pôde realizar milagres ali, exceto pôr as mãos sobre alguns enfermos e curá-los” (Marcos 6:5 NVT).
Quando o texto afirma que Jesus “não pôde realizar milagres ali”, não sugere uma limitação de Sua onipotência, mas sim uma restrição relacionada à Sua missão. Deus age de forma soberana, mas Seu propósito está mais ligado ao relacionamento com as pessoas do que à simples demonstração de poder. Admirado com a dureza de coração daquele povo, Jesus decidiu continuar Seu ministério ensinando em outras aldeias da região.
Portanto, é necessário mantermos uma vigilância constante sobre os nossos corações no que diz respeito à incredulidade. O que nos leva a duvidar não é a falta de provas ou a dificuldade em compreender as verdades da fé cristã, mas sim a ausência do desejo sincero de crer. Mesmo após nossa conversão, precisamos continuar atentos e perseverar em oração, como fizeram os discípulos ao pedirem:
“Senhor, aumenta-nos a fé!” (Lucas 17:5 ARA)
Uma resposta
Linda mensagem, que possamos valorizar nossos irmãos em Cristo e ajudar em oração, pq Deus usa e fala com quem ele quer.