Leitura Bíblica: Marcos 6:7-13
Versículo-chave: “Então eles partiram, dizendo a todos que encontravam que se arrependessem.” (Marcos 6:12 NVT)
Jesus reuniu os Doze apóstolos que havia escolhido e lhes conferiu autoridade para se engajarem na expansão de Seu ministério. Aqueles que anteriormente haviam estado sob o ensino direto do Mestre, agora seriam enviados, em missão, como mensageiros de uma mensagem grandiosa.
Cristo os enviou em duplas, e apenas o evangelista Marcos registra esse detalhe. No entanto, essa informação traz um importante ensinamento sobre o valor do companheirismo cristão para todos que servem ao Senhor. Quando enviados aos pares, um colabora com o outro nas decisões e há menor chance de falhas; além disso, podem encorajar-se mutuamente e oferecer apoio nas adversidades. Como está escrito: “quem cai sem ter quem o ajude está em sérios apuros” (Eclesiastes 4:10 NVT).
Os discípulos deveriam partir sem levar suprimentos – “não poderiam levar alimento, nem bolsa de viagem, nem dinheiro. Poderiam calçar sandálias, mas não levar uma muda de roupa extra” (Marcos 6:8,9 NVT). A confiança deles deveria estar inteiramente na provisão de Deus. Era permitido que levassem apenas sandálias, um cajado e uma veste. Assim, ficaria evidente que ninguém seria atraído pela promessa de ganhos materiais, pois os discípulos andariam em simplicidade. Além disso, qualquer poder ou autoridade que manifestassem viria diretamente do Senhor, revelando sua total dependência dEle.
Os discípulos também foram instruídos a aceitar a hospitalidade onde quer que lhes fosse oferecida, permanecendo “na mesma casa até partirem da cidade” (Marcos 6:10 NVT). Esta ordem visava impedir que buscassem acomodações mais agradáveis, comprometendo a integridade da mensagem em busca de conforto material.
Caso algum povoado se recusasse a recebê-los ou a ouvir suas palavras, eles deveriam, “ao saírem, sacudir a poeira dos pés como sinal de reprovação” (Marcos 6:11 NVT). Essa prática era comum entre os judeus ao retornarem de terras estrangeiras. Neste contexto, a atitude simbolizaria que até mesmo cidades judaicas incrédulas seriam tratadas como se fossem territórios pagãos.
“Então eles partiram, dizendo a todos que encontravam que se arrependessem.” (Marcos 6:12 NVT)
Em obediência à ordem e instruções de Jesus, os discípulos partiram, assim como Abraão, sem saber o que os aguardava. Com determinação, exortava todos que encontravam a arrepender-se. Sua mensagem não consistia em discursos de autoajuda ou motivação, mas sim em um chamado ao abandono do pecado e à reconciliação com Deus.
O chamado ao arrependimento é uma mensagem essencial para todas as épocas e gerações, visto que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Romanos 3:23). Cada ser humano necessita reconhecer sua culpa, nascer de novo e voltar-se para Cristo em fé. Aqueles que integram o Reino de Deus já experimentaram essa convicção, lamentaram e deixaram para trás seus pecados. Sendo assim, nada menos que isso deveria ser pregado insistentemente por todo cristão genuíno. Contudo, mais importante do que falar sobre arrependimento é tê-lo vivido pessoalmente!