Leitura Bíblica: Marcos 1:29-45
Versículo-chave: “Devemos prosseguir para outras cidades e lá também anunciar minha mensagem. Foi para isso que vim.” (Marcos 1:38 NVT)
Ainda em Cafarnaum, Jesus dirigiu-se à casa de Simão e André, juntamente com Tiago e João. A sogra de Pedro estava acamada com febre. Sem dizer nada, Jesus tomou a mão dela e a ajudou a levantar-se. Um detalhe igualmente importante no relato de Marcos é que a sogra de Pedro passou a servir Jesus imediatamente. De fato, a única resposta apropriada à bondade divina em nossas vidas é a gratidão expressa em serviço.
Assim que as notícias sobre Jesus se espalharam, as pessoas começaram, “ao anoitecer, depois que o sol se pôs” (Marcos 1:32 NVT), a levar todos os seus familiares doentes e possessos até Ele. Marcos enfatiza que era “ depois que o sol se pôs” para indicar que o sábado já havia terminado, pois transportar pessoas nesse dia seria considerado uma infração à Lei.
No dia seguinte, Jesus levantou-se bem antes do amanhecer e retirou-se para um local isolado, a fim de buscar um tempo de oração sem interrupções. Aqui, é importante destacar: se o próprio Senhor Jesus tratava a oração contínua como prioridade, por que tantos cristãos a relegam a um segundo plano?
Também devemos notar que Jesus orava mesmo quando isso exigia sacrifício: Ele se levantou cedo e afastou-se antes do amanhecer. A prática da oração não deve depender da conveniência, mas sim, marcada por disciplina e entrega. Isso esclarece, em parte, por que muitos dos nossos esforços são pouco frutíferos… vale a pena refletir sobre isso!
Quando os discípulos O encontraram, logo disseram que todos O procuravam. Porém, Jesus corrigiu a expectativa deles, afirmando:
“Devemos prosseguir para outras cidades e lá também anunciar minha mensagem. Foi para isso que vim.” (Marcos 1:38 NVT)
A principal missão de Jesus era proclamar a Palavra. Embora os milagres de cura fossem realizados para aliviar o sofrimento humano, eles também serviam para destacar a importância da mensagem que Ele pregava. Assim, Jesus “viajou por toda a região da Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando demônios” (Marcos 1:39 VT).
Em um certo momento, um homem acometido pela lepra suplicou a Jesus que o purificasse. A lepra era uma enfermidade de pele que, segundo as Escrituras, exigia o isolamento do indivíduo (Levítico 13:46). Os leprosos eram, portanto, marginalizados, sendo evitados pela maioria das pessoas saudáveis, que preferiam ignorá-los. Além disso, evitava-se o contato físico com leprosos para não incorrer em impureza ritual. Segundo a lei de Moisés, era estritamente proibido que um leproso se aproximasse de outros; se alguém se achegasse, ele deveria clamar: “Impuro! Impuro!”, advertindo a todos para se manterem afastados.
“Quem sofrer de lepra rasgará as roupas e deixará o cabelo despenteado. Cobrirá a boca e gritará: ‘Impuro! Impuro!’.” (Levítico 13:45 NVT)
A compaixão de Jesus foi revelada não apenas por Sua disposição em curar o leproso, mas também pela maneira como realizou a cura: “Jesus estendeu a mão e tocou nele” (Marcos 1:41 NVT). Lembre-se: ninguém ousava tocar em um leproso. Contudo, o Filho de Deus não teme a contaminação; pelo contrário, Ele purifica! Em Jesus, Deus estendeu uma ponte de reconciliação para os excluídos. Enquanto todos sentiam repulsa e fugiam do leproso, Jesus se encheu de misericórdia e o tocou.
Portanto, devemos nos lembrar de que o verdadeiro valor de uma pessoa está em seu interior, não em sua aparência. Ainda que alguém esteja fisicamente marcado pela enfermidade, seu valor permanece inalterado aos olhos de Deus. Que jamais nos esqueçamos de demonstrar e praticar compaixão, sem fazer distinções!