“‘Então deem a César o que pertence a César, e deem a Deus o que pertence a Deus’, disse Ele. Sua resposta os deixou muito admirados.” (Marcos 12:17 NVT)
Fariseus e membros do partido de Herodes decidiram unir forças com o propósito de “levar Jesus a dizer algo que desse motivo para o prenderem” (Marcos 12:13 NVT). É importante lembrar que os fariseus e os herodianos eram adversários, ou seja, estavam em lados opostos e não respeitavam os caminhos uns dos outros. Contudo, quando se tratou de condenar Jesus, vemos esses dois grupos rivais agindo em conjunto para se opor ao Mestre.
“Disseram: ‘Mestre, sabemos como o senhor é honesto. É imparcial e não demonstra favoritismo. Ensina o caminho de Deus de acordo com a verdade. Agora, diga-nos: É certo pagar impostos a César ou não? Devemos pagar ou não?’.” (Marcos 12:14,15 NVT)
Note o tom de falsidade nessas palavras. É necessário ter muito cuidado com a bajulação, pois…
“As pessoas podem encobrir o ódio com palavras agradáveis, mas isso não passa de engano. A língua mentirosa odeia suas vítimas; palavras bajuladoras causam ruína.” (Provérbios 26:24,28 NVT)
Estejamos vigilantes!
As palavras lisonjeiras dos inimigos não enganaram, e nem poderiam enganar Jesus. De forma bem direta, Ele expõe a pretensão daqueles homens:
“Jesus percebeu a hipocrisia deles e disse: ‘Por que vocês tentam me apanhar numa armadilha? Mostrem-me uma moeda de prata, e eu lhes direi’.” (Marcos 12:15 NVT)
Se Jesus tivesse respondido “sim, vocês devem pagar”, então os fariseus o acusariam diante dos sacerdotes como alguém que aceitava a subjugação da nação judaica aos romanos. Porém, se Ele dissesse “não, vocês não devem pagar”, então os herodianos poderiam acusá-lo perante Pilatos como alguém que incentivava a revolta contra o governo romano.
“Quando lhe deram a moeda, Ele disse: ‘De quem são a imagem e o título nela gravados?’. ‘De César’, responderam.” (Marcos 12:16 NVT)
O Senhor Jesus elaborou sua resposta de forma que eles fossem pegos e obrigados, pelas próprias palavras, a fazer o que não queriam. Ele os fez reconhecer que a moeda em circulação era romana, trazia a imagem do imperador, e se o dinheiro era de César, deveria voltar a César:
“‘Então deem a César o que pertence a César, e deem a Deus o que pertence a Deus’, disse Ele.”
Em outras palavras, Jesus ensinou que aqueles homens deveriam pagar seus impostos sem reclamar, mas deveriam também garantir que estivessem dando “a Deus o que pertence a Deus”. Jesus instruiu que os fariseus não se recusassem a cumprir suas responsabilidades civis perante César e que os herodianos não negligenciassem suas responsabilidades perante Deus. “Sua resposta os deixou muito admirados”.
Jesus reconhece a legitimidade do poder político estabelecido, sem torná-lo absoluto, mas também não exime o povo de sua responsabilidade e compromisso com Deus. O governo humano é instituído por Deus para o nosso bem; assim, mesmo que uma pessoa em autoridade não seja digna de respeito, o cargo que ela ocupa deve ser respeitado. Demonizar ou amaldiçoar as instituições humanas não é uma atitude cristã!
“Portanto, sujeitem-se a elas, não apenas para evitar a punição, mas também para manter a consciência limpa. É por esse motivo também que vocês pagam impostos, pois as autoridades estão a serviço de Deus no trabalho que realizam. Deem a cada um o que lhe é devido: paguem os impostos e tributos àqueles que os recolhem e honrem e respeitem as autoridades.” (Romanos 13:5-7 NVT)
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