Leitura Bíblica: Efésios 5:7-9
Versículo-chave: “Pois antigamente vocês estavam mergulhados na escuridão, mas agora têm a luz no Senhor. Vivam, portanto, como filhos da luz!” (Efésios 5:8 NVT)
O apóstolo Paulo já nos mostrou até aqui que o amor genuíno precisa ser demonstrado por atitudes concretas, pois não se resume a um conceito ou a um sentimento abstrato, mas se revela em ações impulsionadas pela consciência de nossa responsabilidade com os outros. Especialmente porque, se realmente amamos a Deus, seremos conduzidos a viver em pureza, unidade e santidade. Isso implica tanto rejeitar as más influências quanto o estilo de vida delas:
“Não participem do que essas pessoas fazem.” (Efésios 5:7 NVT)
O termo “participar” carrega o sentido de comunhão, associação ou aliança; não é meramente estar junto em um encontro, mas dividir valores, princípios e práticas. A mesma palavra aparece em Efésios 3:6, quando Paulo explica que os gentios passam a “participar” como coerdeiros das promessas de Deus em Cristo Jesus.
Paulo não apenas adverte que os discípulos de Cristo não devem compartilhar dos pecados cometidos conscientemente pelos incrédulos, mas também apresenta a razão:
“Pois antigamente vocês estavam mergulhados na escuridão, mas agora têm a luz no Senhor. Vivam, portanto, como filhos da luz!” (Efésios 5:8 NVT)
Em outras palavras, não há possibilidade de conciliação entre a luz e as trevas. A Escritura é clara quanto a isso; o que frequentemente nos falta é firmeza para decidir e assumir posicionamentos: um cristão não pode estar debaixo do mesmo jugo que um descrente, isso não faz sentido algum! (2 Coríntios 6:14-16)
Quando esse ensino é apresentado, o mundo pode retrucar dizendo que soa como intolerância ou discurso de ódio. Porém, não é isso! O próprio Senhor Jesus acolhia e se sentava à mesa com pecadores e cobradores de impostos (Lucas 15:1-2), mas isso jamais significou aprovação de suas práticas; Cristo nunca se calou diante do pecado.
Portanto, não se trata de ódio, segregação ou preconceito, mas de consciência espiritual: os cristãos não podem viver à semelhança dos que não conhecem a Deus. Numa sociedade marcada pela corrupção do pecado, Paulo nos exorta: “Vivam, portanto, como filhos da luz”. Da mesma forma, escreveu aos filipenses:
“Levem uma vida pura e inculpável como filhos de Deus, brilhando como luzes resplandecentes num mundo cheio de gente corrompida e perversa.” (Filipenses 2:15 NVT)
Somos aqueles que se opõem ao pecado e apontam o caminho seguro da vida eterna que é Cristo Jesus. Nossa função é brilhar a luz de Deus em meio às trevas. Isso não significa romper todos os relacionamentos com não-cristãos, mas relacionar com a sociedade sem associar aos seus valores e condutas.
Como imitadores de Deus, torna-se incoerente quando os cristãos se envolvem nas mesmas obras do mundo. O motivo é simples: antes vivíamos “mergulhados na escuridão”, mas agora possuímos “a luz no Senhor”. Por isso, devemos andar como filhos da luz, de maneira condizente com a nova natureza recebida, “pois o fruto da luz produz apenas o que é bom, justo e verdadeiro” (Efésios 5:9 NVT).