Leia Gálatas 2:20b
“E a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.”
Frequentemente concebemos Cristo como uma Pessoa separada de nós mesmos. No entanto, Jesus expressa a ideia de sua vida dentro de nós:
“Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5)
É crucial acreditar que Cristo, o Salvador, não habita apenas em algum lugar do coração, ocasionalmente agindo ali. Pelo contrário, Ele vive em nós, tornando-se nossa própria vida. Paulo resumiu essa transformação desde o dia em que o Salvador se revelou a ele em Damasco, reconhecendo que o antigo “eu” não subsiste mais; é Cristo que vive nele pelo poder do Espírito Santo:
Esta vida crucificada que experimentamos deve ser vivida através da fé no sacrifício de Cristo, que nos purifica de todo pecado e nos transforma de inimigos de Deus em filhos adotivos. Portanto, é uma vida crucificada para os prazeres mundanos, dedicada à santificação, oração e mortificação da carne, para que, ao nos observarem, vejam Cristo refletido em nossas palavras, fisionomia, atitudes e modo de vida, a ponto de tudo em nós expressar a “fé no Filho de Deus, o qual nos amou, e se entregou a si mesmo por nós”.
Assim, ser um discípulo de Cristo não implica apenas ter a vida eterna, mas uma vida crucificada dia após dia. E essa jornada só é possível através da obediência a Deus pela fé. No entanto, devemos reconhecer que essa tarefa não é simples. A constante presença das tentações – que ressurgem tão prontamente quanto são suprimidas – pode levar à frustração e desânimo, levando algumas pessoas a buscar uma saída mais fácil na incredulidade.
A incredulidade distorce nossa percepção tanto do sofrimento quanto das bênçãos, instigando-nos a abandonar a negação de nós mesmos a todo custo, com falsas promessas de conforto. Para outros, a incredulidade os convence de que é possível servir a Deus e à carne, ao Salvador e ao pecado simultaneamente. No entanto, sabemos que isso não faz parte de uma vida crucificada, visto que:
“O nosso homem velho foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.” (Romanos 6:6)