Leia Mateus 13:47
“O Reino dos Céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes.”
A Parábola da Rede (Mateus 13:47-50) apresenta semelhanças marcantes com a Parábola do Joio e do Trigo, especialmente em termos de interpretação. O mundo é um vasto mar, e os seres humanos se assemelham a uma variedade incontável de criaturas, das pequenas às grandes (leia Salmos 104:25). A humanidade, são como os peixes dos mares que não têm quem os governe (leia Habacuque 1:14). A proclamação do Evangelho equivale a lançar uma rede no interior desse mar para apanhar elementos para a glória daquele que governa soberanamente essas águas. A pregação do Evangelho deve ser direcionada a todos, sem discriminação alguma.
Nessa rede, peixes de variados tipos são reunidos. Da mesma maneira ocorre na Igreja visível: ela abriga cristãos genuínos e outros que se dizem cristãos, mas não são. Porém, o momento se aproxima no qual essa rede estará cheia e será levada à praia; assim também, em um momento designado pelo Senhor, ocorrerá então uma separação entre os hipócritas e os verdadeiros cristãos.
Portanto, a primeira parte da parábola refere-se à época atual – na qual vemos na Igreja visível uma congregação diversa:
“O Reino dos Céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes.”
Ocasionalmente, os ímpios podem parecer piedosos; por vezes, julgamos alguém como sendo justo, quando, na verdade, estamos lidando com um hipócrita, alguém que diz crer em Cristo com a boca, mas cujo coração está distante dEle.
A parte final da parábola refere-se ao que está por vir, ou seja, acontecerá no fim dos tempos, não antes disso: a separação definitiva entre os justos e os ímpios. Por isso, não devemos esperar atualmente que a rede esteja cheia apenas de peixes bons; todos estão misturados. E não precisamos nos preocupar sobre como os anjos farão essa distinção quando estiverem executando as instruções daquele que conhece todos os homens particularmente, aqueles que são seus e os que não são.
Os justos serão juntados em cestos e cuidadosamente preservados, enquanto os maus serão lançados fora (Mateus 13:48). Quando ocorrer a separação, os ímpios serão lançados na fornalha; sem dúvida, um tormento eterno será o destino daqueles que viveram na impiedade junto aos santificados.
Este é um aviso solene muitas vezes evitado, porque preferimos ignorar nossa responsabilidade. Mas haverá, sim, o dia do julgamento final. Se isso não fosse verdade, muitos ímpios escapariam impunes de sua maldade. Portanto:
- Dedique-se a examinar seu coração e sua fé: você tem se comportado, verdadeiramente, como um eleito salvo pela graça de Deus?
- Comprometa-se a proclamar o Evangelho, sem fazer acepções, lembrando que a rede ainda está no mar.
O Reino de Deus é um reino de justiça, o que significa que o dia do julgamento está cada vez mais próximo!
“Mas o Senhor sabe livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados; mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades.” (2 Pedro 2:9,10)