Leia Tiago 3:8
“Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de veneno mortal.”
Ao descrever a natureza da língua, Tiago diz que ela “como um fogo, um mundo de iniquidade… e contamina todo o corpo” (leia Tiago 3:6). Na Palavra de Deus, encontramos várias orientações e admoestações sobre como refrear adequadamente nossa língua, evitando palavras perversas. Mas este desafio é o mesmo para todo ser humano:
“Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de veneno mortal.” (Tiago 3:7,8)
O ser humano tem o poder de domar muitos elementos: ele “encanta” serpentes, treina cães, domestica felinos, utiliza cavalos e bois para tarefas domésticas e até treina golfinhos. Tiago, se estivesse escrevendo nos dias atuais, acrescentaria que, apesar de dominarmos animais, natureza e até explorarmos o espaço, a língua permanece indomada; ela “é um mal que não se pode refrear; está cheia de veneno mortal”.
Muitas vezes, subestimamos o impacto devastador que comentários “inocentes” ou observações aparentemente insignificantes podem causar. Uma vez que a palavra é dita, não há como reverter. Nada é tão difícil de curar quanto um boato ou os efeitos de uma história maldosa. Precisamos escolher nossas palavras com sabedoria, pois, uma vez proferidas, estarão além de nosso controle.
Devemos ser vigilantes e conter nossa língua contra veneno mortal da mentira. Nenhuma mentira deve ser ignorada; todas devem ser confrontadas. Uma meia verdade é tão prejudicial quanto uma mentira completa. Somos instruídos a abandonar a mentira e falar a verdade ao próximo, “pois todos somos membros uns dos outros” (leia Efésios 4:25). Além disso, devemos controlar nossa língua contra veneno mortal da difamação e dos comentários maldosos, evitando prejudicar os outros com nossas palavras. Com frequência, exageramos nossas próprias virtudes, mas diminuímos os méritos dos outros.
Outro aspecto crucial a ser considerado quanto ao domínio da língua é a confissão de pecados. Após a conquista de Jericó, Acã pecou e trouxe sofrimento para toda nação de Israel. Quando confrontado por Josué – “Meu filho, para a glória do Senhor, o Deus de Israel, diga a verdade. Conte-me o que você fez; não me esconda nada” (Josué 7:19); Acã confessou: “Verdadeiramente pequei contra o Senhor Deus de Israel, e fiz assim e assim” (Josué 7:20). Pecados devem ser confessados!
Portanto, oremos como o rei Davi: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios”(Salmos 141:3).
E sejamos vigilantes, a fim de que “não saia da nossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Efésios 4:29).