Leia 1 Coríntios 3:5-7

“Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.”

Apolo, como mencionado anteriormente, sucedeu Paulo na igreja de Corinto. Sua habilidosa oratória impressionou alguns cristãos da comunidade, levando à formação de facções entre eles. Alguns se declaravam seguidores de Paulo, outros de Apolo, outros ainda de Pedro (Cefas) e, outros, do próprio Cristo (leia 1 Coríntios 1:12).

Se olharmos para esses eventos numa perspectiva humana, com base no que Paulo escreveu, poderíamos interpretar que Apolo havia superado Paulo em Corinto. No entanto, tanto Paulo quanto Apolo não se consideravam rivais; pelo contrário: “Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.” Ambos eram cooperadores na proclamação do Evangelho de Cristo, e eles não aprovavam nem incentivavam a formação de grupos baseados em preferências pessoais.

Quando Paulo chegou a Corinto, ele pregou onde ninguém havia anunciado Cristo antes. Depois, quando partiu para Éfeso, deixou uma igreja inexperiente em Corinto, e Apolo assumiu a responsabilidade de “regar” o que Paulo havia “plantado”. Em sua carta aos coríntios, Paulo deixou claro que ambos eram servos de Cristo, e acrescentou “Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”. Paulo também se referiu a Apolo como “irmão Apolo” em 1 Coríntios 16:12 (leia), ao mencionar que ele não pôde atender ao seu pedido de retornar à igreja em Corinto.

Portanto, se nós pregarmos, assim como Paulo e Apolo, o “Cristo crucificado, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1 Coríntios 1:23-24) e nos considerarmos seguidores do manso e humilde Jesus, devemos caminhar humildemente diante de Deus e dos homens durante nossa peregrinação. Devemos nos esforçar para ser humildes em nosso comportamento, lembrando da nossa miserabilidade diante de Deus. Precisamos desconfiar de nós mesmos, renunciar a toda glória e atribuir glória somente a Deus. Dessa forma, evitaremos atitudes pretensiosas, ambiciosas e arrogantes, e rejeitaremos qualquer tipo de disputa e contenda entre irmãos.

“Pois se, houver entre nós inveja, contendas e dissensões, não seremos porventura carnais [assim como os coríntios], andando segundo os homens?”

(1 Coríntios 3:3)