Leia Atos 18:24
“E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente e poderoso nas Escrituras.”
O apóstolo Paulo, após ensinar a Palavra de Deus por um longo período em Corinto, deixou Áquila e Priscila em Éfeso antes de continuar sua jornada missionária (leia Atos 18:18-23). Foi nesse momento que Apolo entrou em cena: um “homem eloquente e poderoso nas Escrituras”, assim é descrito o judeu de Alexandria que chegou a Éfeso. Apolo era um homem instruído e versado nas Escrituras. Sua eloquência e conhecimento profundo do Antigo Testamento o tornavam um pregador fervoroso (leia Atos 18:25).
No entanto, havia uma lacuna em sua compreensão, pois conhecia apenas o batismo de João. Ou seja, Apolo era instruído no Evangelho de Cristo até onde o ministério de João o levou; como o próprio Paulo declarou: “Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo” (Atos 19:4). Foi quando Priscila e Áquila, ao ouvirem sua pregação, perceberam que Apolo estava incompleto em sua mensagem, especialmente em relação ao derramamento do Espírito Santo.
Com sabedoria e discernimento, Priscila e Áquila “o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus” (leia Atos 18:26). Uma vez instruído pelo casal, Apolo partiu para Corinto, onde, com grande veemência, convencia publicamente os judeus, provando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo (Atos 18:28). Assim, Apolo se tornou um sucessor de Paulo na igreja de Corinto, sendo mencionado pelo próprio apóstolo em 1 Coríntios 3:6: “Eu [Paulo] plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.”
Que grande privilégio é ser considerado o sucessor de Paulo! No entanto, é importante notar que, de acordo com a descrição de Lucas no versículo de hoje, Apolo era uma pessoa eloquente e com profundo conhecimento das Escrituras, mas em nenhum momento vemos qualquer resistência da parte dele em ser ensinado por Priscila e Áquila. Isso ressalta não apenas a sua habilidade retórica, mas também a sua humildade.
A humildade pode ser definida como um estado de espírito e coração que reconhece a nossa indignidade diante de Deus e a nossa própria miséria em Sua presença. É acompanhada de uma disposição de agir de acordo com essa percepção. Além disso, a humildade nos protege de comportamentos ambiciosos, arrogantes e insolentes perante os outros, nos lembrando constantemente de que sempre temos algo a aprender.
Como você reage quando precisa voltar atrás e aprender com alguém? Sua atitude é humilde ou insolente?
O exemplo de Apolo, Áquila e Priscila revela tanto a humildade em receber correção e aperfeiçoamento, quanto a importância do aprendizado contínuo, bem como o compartilhar de conhecimento. Devemos buscar, diligentemente, reconhecer diante de Deus a nossa insignificância, ignorância e insuficiência e, consequentemente, a nossa total dependência do Seu poder e sabedoria para nos guiar, capacitar e nos conduzir em tudo o que fizermos, a fim de que o Nome do Senhor seja sempre glorificado.