Leitura Bíblica: Atos 17:30-34
Versículo-chave: “Pois Ele estabeleceu um dia para julgar o mundo com justiça, por meio do homem que Ele designou, e mostrou a todos quem é esse homem ao ressuscitá-lo dos mortos.” (Atos 17:31 NVT)
Os discípulos foram incumbidos de proclamar o arrependimento e a remissão dos pecados a todas as nações (Lucas 24:47). Pois, “no passado, Deus não levou em conta a ignorância das pessoas acerca dessas coisas, mas agora Ele ordena que todos, em todo lugar, se arrependam” (Atos 17:30 NVT). A ênfase de Paulo na necessidade do arrependimento é reforçada por sua declaração de que Deus designou um dia específico para julgar o mundo:
“Pois Ele estabeleceu um dia para julgar o mundo com justiça, por meio do homem que Ele designou, e mostrou a todos quem é esse homem ao ressuscitá-lo dos mortos.” (Atos 17:31 NVT)
Utilizando a terminologia do Antigo Testamento, Paulo destaca que esse julgamento será conduzido com equidade (Salmos 9:7-8) por um representante nomeado por Deus. Essa escolha já foi confirmada pelo fato de que Ele foi ressuscitado dentre os mortos pelo próprio Deus. Com essa afirmação, Paulo retoma os temas centrais de sua pregação anterior em Atenas, abordando “Jesus” e a “ressurreição”. Ele trata a ressurreição como um evento histórico e a apresenta como evidência da designação de Jesus como juiz. Por meio dEle, Deus criou todas as coisas, resgatou a humanidade, governará sobre a criação e concretizará o juízo final.
Ao retomar esse ponto fundamental, Paulo encontrou resistência e até escárnio por parte de alguns ouvintes. Os gregos acreditavam na imortalidade da alma, mas a ideia de uma ressurreição corporal parecia absurda, uma vez que consideravam o corpo como algo inferior em comparação com a alma. No entanto, para os cristãos, a ressurreição de Cristo é uma prova inquestionável de que Ele foi constituído como juiz sobre vivos e mortos (Atos 10:42).
Desta forma, a certeza do juízo vindouro e o papel essencial de Jesus devem nos encorajar a proclamar o arrependimento. É fato que, assim como em Atenas, muitos rejeitarão essa verdade e responderão com zombaria, pois, para os filósofos daquela época, a ressurreição dos mortos era uma ideia de difícil compreensão.
Portanto, ainda que a nossa pregação seja alvo de escárnio, devemos seguir a exortação de Paulo: “pregue a palavra; esteja preparado, quer a ocasião seja favorável, quer não. Corrija, repreenda e encoraje com paciência e bom ensino” (2 Timóteo 4:2 NVT). Pois, mesmo em meio aos desafios e à resistência da atualidade, sempre há aqueles que, como “Dionísio, membro do conselho, uma mulher chamada Dâmaris, e alguns outros”, ouvirão a mensagem e crerão para a glória de Deus!