Leia Atos 17:1-3
“E passando por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga de judeus. E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras, expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo.”
O capítulo 17 do livro de Atos descreve o prosseguimento da segunda viagem missionária de Paulo. Como já mencionamos, o apóstolo Paulo foi chamado para ir à Macedônia (leia Atos 16:9). Ele começou em Filipos “e passando por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica”. É gratificante ter o relato de como foram os desafios para a plantação dessa igreja registrado por Lucas em Atos dos Apóstolos; visto que, as duas cartas de Paulo enviada aos tessalonicenses – mais tarde – apresentam características ilustres daqueles que, como igreja, foram transformados pelo Evangelho.
Ao encontrar “uma sinagoga de judeus”, Paulo iniciou seu trabalho evangelístico ali. Os judeus acolhiam de bom grado as Escrituras do Antigo Testamento e, portanto, pensavam que tinham justificativa para rejeitar Jesus. Paulo, “por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras”, expondo e demonstrando que as profecias do Antigo Testamento sobre o Messias tornavam necessário “que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos”.
A principal objeção dos judeus em relação a Jesus como Messias era a sua morte indigna, pois a cruz de Cristo era escandalosa para eles (leia 1 Coríntios 1:23), já que não se alinhava com a ideia que haviam formado sobre o Messias. Paulo demonstra de forma incontestável que “este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo” e que não devem esperar por outro.
Sendo o Messias, era necessário que Ele sofresse. Se não tivesse morrido, não poderia ter ressuscitado dos mortos. O próprio Jesus afirmou: “Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E disse-lhes: ‘Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos’” (Lucas 24:26,46). Jesus padeceu por nós; caso contrário, não poderia ter comprado nossa redenção. Era necessário que ele ressuscitasse, caso contrário, não poderia aplicar em nós a remissão dos pecados e a justificação. Como igreja, nosso papel é anunciar Jesus. Ele – o Cristo Poderoso, Redentor, Salvador, Libertador – deve ser o tema central da nossa pregação!
Apesar da breve estadia de Paulo em Tessalônica, as raízes do cristianismo foram profundamente plantadas: “Alguns deles creram e se uniram a Paulo e Silas, bem como uma grande multidão de gregos devotos e muitas mulheres importantes” (Atos 17:4). Como era de se esperar, Paulo e alguns irmãos enfrentaram perseguição por parte dos judeus desobedientes e dos moradores da cidade (leia Atos 17:5-9). Posteriormente, o apóstolo escreveu duas cartas – a Primeira e a Segunda aos Tessalonicenses – enaltecendo a transformação e o exemplo desses irmãos para todas as outras igrejas (leia 1 Tessalonicenses 1:5-7). Soli Deo gloria!