Leia Filipenses 4:2,3
“Rogo a Evódia, e rogo a Síntique, que sintam o mesmo no Senhor. E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no Evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.”
Paulo não apenas alertou os cristãos em Filipos sobre os equívocos doutrinários, mas também sobre as questões interpessoais. A falta de harmonia entre os membros da Igreja não era algo insignificante para Paulo, e não deveria ser negligenciado por nenhum cristão!
Vale lembrar que, inicialmente, o Evangelho em Filipos foi pregado para um grupo de mulheres que se reuniam à beira do rio para orar (leia Atos 16:12,13). Além disso, as primeiras reuniões da Igreja em Filipos ocorreram na casa de uma mulher chamada Lídia (leia Atos 16:14,15,40).
Por isso, ao referir-se a Evódia e Síntique, o apóstolo as reconhece como cooperadoras, pois “trabalharam com ele no Evangelho, e com Clemente, e com outros cooperadores”. No entanto, Paulo expressava preocupação com a desarmonia na relação entre essas duas mulheres, “cujos nomes estão no livro da vida”.
Qual era a origem do problema? Qual era o motivo da desavença? Estaria a igreja se reunindo na casa dessas mulheres provocando disputa entre elas? Paulo optou por não expor detalhes sobre a situação real. No entanto, sua exortação era clara para cada uma delas:
“Rogo a Evódia, e rogo a Síntique, que sintam o mesmo no Senhor”.
Elas deveriam buscar a mentalidade de Cristo, em vez de seguir seus próprios interesses. E, para resolver as discordâncias, Paulo recorre a alguém de confiança, pedindo que “ajudasse essas mulheres”. A desarmonia entre elas, provavelmente, já estava impactando a harmonia e a unidade da igreja, abrindo caminho para divisões.
Manter a comunhão tanto vertical (com Deus) quanto horizontal (com os irmãos) é de vital importância! Não é possível estar em paz com Deus enquanto há desavenças com os irmãos na fé. Em sua oração sacerdotal, Jesus já havia orado em favor da unidade entre o Seu povo:
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17:21)
Há uma realidade celestial acerca da igreja: nós somos cidadãos cuja pátria está no céu; cremos que nossos nomes estão escritos no livro da vida, e seremos introduzidos na Nova Jerusalém (leia Apocalipse 3:5; 21:1-4) onde não haverá divisões! A Igreja na terra deve refletir a unidade da Igreja no céu; logo, a Igreja que seremos deve ensinar a Igreja que já somos!
Portanto, sintamos o mesmo no Senhor!
“O mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façamos por contenda ou por vanglória, mas por humildade; consideremos os outros superiores a nós mesmos. Não atentemos cada uma para o que é propriamente nosso, mas cada qual também para o que é dos outros.” (Filipenses 2:2-4)