Leia 1 Tessalonicenses 5:6
“Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios.”
O capítulo 5 da primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses inicia com uma declaração significativa do apóstolo: ele enfatiza que a vinda de Cristo é certa, mas não é necessário indagar sobre o tempo exato de Sua vinda (leia 1 Tessalonicenses 5:1). Jesus mesmo já havia afirmado: “daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai” (Mateus 24:36).
Paulo relata que a vinda de Cristo será repentina, apanhando a maioria das pessoas de surpresa (leia 1 Tessalonicenses 5:2). Esse fato é bem conhecido pelos cristãos, ou pelo menos deveria ser, pois o Senhor ensinou: “O Filho do Homem virá à hora em que vocês não esperam” (Mateus 24:44). Em Marcos 13:35,36 também está escrito: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo”.
Além disso, Paulo já havia instruído os tessalonicenses a respeito da imprevisibilidade da vinda de Cristo, expressa na imagem de um “ladrão na noite” (leia Mateus 24:43; 2 Pedro 3:10). Assim, compreender essa realidade é mais proveitoso do que conhecer o momento exato, pois essa consciência nos incentiva a permanecer alerta e preparados para o seu retorno.
Paulo afirma que o dia da vinda de Cristo será de angústia para os incrédulos, acarretando a inevitável destruição deles (leia 1 Tessalonicenses 5:3). Por outro lado, o apóstolo descreve o conforto que os justos terão nesse dia (leia 1 Tessalonicenses 5:4,5). Ele explica que os que estão em Cristo não vivem nas trevas, mas são filhos da luz. Eles não estão em um estado de pecado e ignorância, mas vivem sob Evangelho, que traz vida e incorruptibilidade à luz (leia 2 Timóteo 1:10). A grande vantagem dos salvos é que não serão surpreendidos como aqueles que são pegos de surpresa, pois já receberam um alerta solene:
“Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios.”
Vigilância e sobriedade são imperativos complementares. Diante do contexto de diversas tentações, a falta de sobriedade, sem dúvida, resultaria em uma diminuição da vigilância. Assim, não podemos nos permitir ser negligentes nem tolerar sono ou preguiça espirituais. Pelo contrário, precisamos permanecer vigilantes contra o pecado e as tentações. Da mesma forma, devemos exercer moderação, controlando nossos desejos e apetites naturais – como comida, bebida e todas as outras coisas temporais – dentro de limites saudáveis. Que “a nossa equidade seja notória a todos os homens, porque perto está o Senhor” (Filipenses 4:5).
Além disso, tenhamos em mente as palavras de Jesus:
“E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem.” (Lucas 21:34-36)
Em outras palavras, não nos tornemos imersos na insensatez e nem nos cuidados da vida que tanto nos oprimem, mas olhemos para o Senhor com a mente sóbria e vigilante!