Leia Tiago 5:12
“Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação.”
Tiago, ao abordar o tema dos juramentos, certamente tinha em mente as palavras de Jesus proferidas no Sermão do Monte:
“Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, o vosso falar: ‘Sim, sim’; ‘Não, não’; porque o que passa disto é de procedência maligna.” (Mateus 5:34-37)
Ao utilizar a expressão “mas, sobretudo”, Tiago enfatiza que evitar juramentos não era apenas uma recomendação secundária; ele estava enfatizando que, independentemente das demais ações, as pessoas não deveriam se entregar a juramentos desse tipo. Isso porque, ao fazê-lo, estariam tropeçando no uso da língua e assim estariam pecando (leia Tiago 1:26).
Assim como Jesus, Tiago não estava se referindo aos juramentos realizados em contextos legais, como em tribunais. Ele mencionou especificamente as proibições – “não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento” – porque os fariseus permitiam juramentos por praticamente qualquer coisa, exceto pelo nome de Deus. Esses juramentos eram usados para dar maior credibilidade às palavras proferidas, mas, na verdade, levantavam dúvidas sobre a honestidade e sinceridade de quem jurava (ver Mateus 23:16-22).
A palavra direta e sincera transmite muito mais honestidade, evitando exageros e conversas desnecessárias, além de prevenir situações que poderiam, posteriormente, causar constrangimentos e embaraços (leia Provérbios 11:3; 20:7). Quando um cristão recorre a juramentos levianos, as pessoas tendem a desconfiar de sua palavra, inclusive, quando ele testemunha sobre o Evangelho de Cristo.
O cerne da questão é a integridade de nossas palavras; não há necessidade de jurar por algo para validar aquilo que dizemos. O cristão não deve recorrer a artifícios, como juramentos, para evitar situações desconfortáveis. Em qualquer circunstância, o bom testemunho cristão deve prevalecer: diante da perseguição, devemos perseverar; em meio à aflição, evitamos a murmuração; em todo tempo, sejamos pessoas confiáveis…
“…para que não caiamos em condenação.”