Leia Atos 21:13,14
“Então Paulo respondeu: ‘Por que vocês estão chorando e partindo o meu coração? Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus’. Como não pudemos dissuadi-lo, desistimos e dissemos: ‘Seja feita a vontade do Senhor’.”
Com grande alegria, refletimos sobre as viagens do apóstolo Paulo às nações pagãs, espalhando a mensagem do Evangelho. Testemunhamos como seus esforços resultaram em uma abundante colheita nos “campos que estavam brancos”. Agora, adentramos em um capítulo crucial de sua trajetória: sua ida a Jerusalém, um lugar onde, sob a ótica humana, os dias de sua obra parecem chegar ao fim, e apenas sofrimentos o aguardam. No entanto, podemos encontrar inúmeros motivos para crer que, seja no tribunal ou na prisão, Paulo estará fielmente servindo aos interesses de Cristo e glorificando a Deus.
Durante sua jornada a Jerusalém, Paulo encontrou alguns discípulos que, “pelo Espírito diziam a Paulo que não subisse a Jerusalém” (leia Atos 21:4). Em Cesareia, local onde o Evangelho foi inicialmente pregado aos gentios (leia Atos 10:1,44), Paulo teve um encontro com o profeta Ágabo que “tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: ‘Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios’” (leia Atos 21:11).
Diante da insistência para que Paulo não subisse a Jerusalém, ele respondeu com firmeza: “Por que vocês estão chorando e partindo o meu coração? Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus”. Após esta firme declaração, os companheiros de Paulo viram que não poderiam convencê-lo e, desistindo, disseram: “Seja feita a vontade do Senhor”.
É notável a presença de afeto sincero e profundo aqui. Os discípulos e companheiros de viagem de Paulo amam-no profundamente, razão pela qual se opõem à sua decisão. Da mesma forma, o apóstolo os ama intensamente, e, por isso, os repreende por sua oposição. É como se Paulo quisesse consolá-los, dizendo: “Eu entendo que estou destinado a sofrer, e seria ainda pior se a adversidade me pegasse desprevenido. Portanto, vocês deveriam me animar, encorajar e proferir palavras que me fortaleçam. No entanto, vocês partem meu coração com suas lágrimas!”
Assim, tanto os companheiros de viagem de Paulo quanto os discípulos renderam-se à vontade soberana de Deus que, por ser um Deus sábio, sempre sabe como transformar tudo para o bem, pois Sua vontade é guiada por Sua sabedoria, e Ele age de acordo com Seus desígnios. O Senhor, em Sua sabedoria, proporcionou esses avisos a Paulo para que ele pudesse se preparar devidamente. Dessa forma, quando as adversidades viessem, não seriam uma surpresa assustadora para ele. Essa mesma mensagem, expressa no aviso de que “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (Atos 14:22), também deve guiar nossas vidas.
Portanto, quando nos depararmos com dificuldades, esse ensinamento deve acalmar nossas aflições. Quando avistarmos os obstáculos se aproximando, devemos silenciar nossos medos e confiar que a vontade do Senhor será cumprida e, convicção devemos dizer: “Amém, assim seja!”
Estamos preparados para isso?