Leia Tiago 3:9,10
“Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.”
A lição que Tiago nos ensinou é clara: a língua é perigosa e incontrolável. Agora, vamos explorar outra faceta desse pequeno órgão que se orgulha de grandes feitos: a incoerência. Quando afirmamos que não se pode jorrar água doce e salgada de uma mesma fonte, estamos sendo coerentes. É como dizer que não podemos colher figos de um espinheiro ou espinhos de uma figueira:
“Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.” (Tiago 11,12)
Água doce é doce, água salgada é salgada, figos crescem em figueiras, e espinhos são encontrados em espinheiros. No entanto, nós, seres humanos, usamos a mesma língua para proferir palavras tanto benevolentes quanto malignas! Isso é totalmente incoerente!
“Com ela [a língua] bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.”
A língua que usamos para falar mal uns dos outros é a mesma que usamos para adorar a Deus no culto. A língua que usamos para glorificar a Deus é a mesma que usamos para ferir nossos semelhantes, que também foram criados à imagem de Deus.
Portanto, a língua é inconsistente e contraditória. Como nos adverte o apóstolo João: “se alguém diz: ‘Eu amo a Deus’, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 João 4:20). Em outras palavras, ele nos lembra: Seja coerente!
Assim, se você alega amar a Deus e ao mesmo tempo odeia seu irmão, está sendo incoerente! Se você se declara cristão, não permita que palavras amargas fluam de sua boca. Como cristão, você tem a responsabilidade de usar sua língua para abençoar, encorajar, consolar e alimentar.
Pois… “o homem se fartará do fruto da sua boca, daquilo que brota dos seus lábios. A morte e a vida estão em poder da língua, e aquele que a ama comerá do seu fruto.” (Provérbios 18:20,21)