Leia 2 Coríntios 5:19
“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.”
O homem não regenerado, mesmo estando espiritualmente morto em seus delitos e pecados, possui a capacidade de fazer escolhas. Contudo, é importante ressaltar que o simples fato de ter a liberdade de escolher não implica na habilidade de fazer escolhas referentes à salvação. Apesar de ter a qualidade de livre escolha, o homem não regenerado é incapaz de optar pelo bem que agrada a Deus, uma vez que a inclinação de sua natureza é para a morte:
“Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” (Romanos 8:6-8)
Embora os não regenerados também possuam a liberdade de escolher praticar diversas formas de religiosidade, são semelhantes aos fariseus que se apegavam a pequenos detalhes, mas deixavam de lado as coisas mais importantes (leia Mateus 23:23; Lucas 11:42); além disso, todas as suas obras e ações visam apenas satisfazer a si mesmos. E, ainda que sejam sinceros, religiosos e generosos, sua condição pecaminosa faz com que tais atos não encontrem favor algum aos olhos de Deus.
Por outro lado, aqueles que foram reconciliados, através dos méritos de Cristo, recebem d’Ele a capacidade de obedecer a Deus e agradá-Lo. Esta capacidade está intimamente ligada a uma determinação que não provém do homem:
“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.”
Essa determinação reflete a vontade e o propósito “daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da Sua vontade” (leia Efésios 1:11). Dessa forma, assim como Deus “pôs em nós a palavra da reconciliação”, somos chamados, “como embaixadores da parte de Cristo”, a proclamar o Evangelho, a fim de que os pecadores abandonem sua inimizade contra Deus. Pois, “como, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10:14)
Portanto, é necessário que os reconciliados:
“Não deem escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado. Antes, como ministros de Deus, tornemo-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por infâmia e boa fama.
Como enganadores, mas sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, mas não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, mas possuindo tudo!” (2 Coríntios 6:3-10)