Leitura Bíblica: Marcos 9:30-37
Versículo-chave: “Jesus se sentou, chamou os Doze e disse: ‘Quem quiser ser o primeiro, que se torne o último e seja servo de todos’.” (Marcos 9:35 NVT)
A passagem de Jesus por Cesareia de Filipe havia chegado ao fim. Agora Ele atravessava a região da Galileia — um percurso que O levaria a Jerusalém e, posteriormente, à cruz. Jesus desejava seguir esse trajeto discretamente, pois “queria ensinar a Seus discípulos” (Marcos 9:30 NVT). Mais uma vez, Ele os advertiu de que seria traído, morto e ressuscitaria após três dias. Contudo, assim como na primeira vez em que Jesus falou sobre este assunto (Marcos 8:31-33), os discípulos permaneciam confusos, mas, infelizmente, faltou-lhes a ousadia para fazer perguntas.
Quando chegaram à cidade de Cafarnaum, Jesus procurou saber o que os discípulos haviam debatido durante o caminho, mas eles permaneceram em silêncio, pois estavam envolvidos em discussões sobre quem entre eles seria o maior. Movidos pela vaidade, os discípulos competiam entre si por prestígio e superioridade. Eles desejavam alcançar posições elevadas e ansiavam por reconhecimento. Entretanto, tal ambição opunha-se profundamente com as lições de Jesus – que acabara de lhes ensinar sobre sofrimento e morte.
O orgulho é um dos pecados mais profundamente enraizadas no coração do homem, e segue sendo um obstáculo persistente. Diariamente, somos tentados a pensar que somos mais dignos do que realmente somos. Esse sentimento soberbo ergue uma barreira que dificulta nosso arrependimento perante Deus e nos impede de demonstrar amor ao próximo. A Escritura nos alerta de forma severa: “o orgulho precede a destruição; a arrogância precede a queda” (Provérbios 16:18 NVT).
Dessa forma, a concepção dos discípulos acerca do que significava ser “o maior no Reino” estava completamente distorcida, e Jesus prontamente tratou de corrigi-los. Ele sentou-se, chamou os Doze e disse:
“Quem quiser ser o primeiro, que se torne o último e seja servo de todos.” (Marcos 9:35 NVT)
No contexto deste mundo, grandeza é frequentemente associada ao exercício de poder e à capacidade de dominar sobre outros. Contudo, no Reino de Deus, a verdadeira grandeza se revela por meio do serviço ao próximo. A ambição terrena busca status e prestígio, mas o desejo genuíno do cristão é colocar-se à disposição para servir, ao invés de ser servido. Aquele que vive para servir é, sob a ótica de Cristo, o maior entre todos. Portanto, se sua visão sobre grandeza ainda se assemelha à antiga mentalidade dos discípulos, é tempo de repensar os seus valores, pois “como dizem as Escrituras: ‘Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes’” (Tiago 4:6 NVT).