Que te importa? – Parte II
Leia João 21:23
“Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não morreria, mas: ‘Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti?’.”
Acredito que você já tenha lido a conclusão do Evangelho segundo João. Jesus fala a Pedro sobre sua responsabilidade de cuidar das ovelhas e também menciona a morte que ele sofreria (leia João 21:15-18). Depois disso, Pedro olha para João e pergunta sobre o futuro deste, recebendo uma resposta contundente do Mestre: “Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu” (João 21:22).
De forma bastante clara, as palavras de Jesus implicam que é Ele quem dirige a vida de todos os homens. Sua declaração é enfática: “Se eu quero”; ou seja, tudo depende de Sua vontade soberana, de modo que ninguém pode reclamar de sua própria porção (leia 1 Coríntios 4:7). A resposta de Jesus a Pedro é frequentemente interpretada como uma isenção de morte para João; assim como aqueles que “divulgaram entre os irmãos que aquele discípulo não havia de morrer”. Jesus poderia decidir que João continuasse vivo até a Sua segunda vinda, sim! No entanto, não foi isso o que Ele disse.
Nossa vida, até mesmo nossa morte, nosso futuro e eternidade são determinados pelo poder soberano de Deus. Portanto, a dura declaração do Senhor “Que te importa a ti?” significa que os propósitos de Deus para nós são determinados exclusivamente por Ele, mas isso não nos isenta de nossas responsabilidades. Somos criaturas dotadas de responsabilidade, é por isso que Jesus diz a Pedro: “Segue-me tu”; porque Pedro pode fazer isso, assim como nós também. Portanto, não devemos olhar para a maneira como Deus usa ou usará os outros e invejar suas bênçãos. Todos nós somos chamados para servir em de uma maneira específica.
Assim, como redimidos, todos nós somos testemunhas e servos de Cristo. “Somos o corpo de Cristo, e seus membros em particular” (1 Coríntios 12:27); somos cidadãos do mesmo Reino, cuja “cidade está nos céus” (Filipenses 3:20); somos “pedras vivas, sendo edificados como uma casa espiritual” (1 Pedro 2:5). Por causa de Cristo, “fomos justificados pela fé e temos paz com Deus“ (Romanos 5:1) e, consequentemente, devemos ter paz uns com os outros. Somos a Igreja, onde “não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus“ (Gálatas 3:28).
Portanto…”não devemos fazer nada por rivalidade ou vaidade, mas, com humildade, considerando os outros superiores a nós mesmos“ (Filipenses 2:3).
E, se o Senhor quiser usar um membro do Seu corpo mais do que outro “que te importa a ti?”.