Leia 1 João 3:19
“Com isso saberemos que pertencemos à verdade, e nos tranquilizaremos quando estivermos diante de Deus.”
Muitos desanimam em relação à sua vida de oração, alegando que suas petições não são atendidas. Poucos reconhecem que talvez estejam fazendo pedidos inadequados, o que resulta na falta de respostas. Torna-se inútil persistir em orações, participar de encontros e vigílias, enquanto nos esquivarmos da verdade.
“Filhinhos, não nos limitemos a dizer que amamos uns aos outros; demonstremos a verdade por meio de nossas ações. Com isso saberemos que pertencemos à verdade, e nos tranquilizaremos quando estivermos diante de Deus.” (1 João 3:18,19)
Aquietar-se diante de Deus, conforme sugere o apóstolo João, implica em estar completamente ancorado na verdade e viver de acordo com as crenças proclamadas. É somente ao buscar sinceridade e transparência total diante de Deus que podemos encontrar quietude em nossas orações.
No que diz respeito a receber resposta às orações está intrinsecamente ligada à disposição para a verdade. O autor da carta aos Hebreus destaca a importância de nos aproximarmos de Deus com um “coração verdadeiro e em inteira certeza de fé” (leia Hebreus 10:22). Ou seja, a fé e a verdade estão interligadas. Se nos propomos a buscar o Senhor, mas nosso coração está preso em outros assuntos/prioridades, aquilo que menciono na minha oração não é verdadeiro, nem sincero.
O ato de orar é um comparecer diante do trono da graça de Deus (leia Hebreus 4:16), onde somos examinados até o âmago de nosso ser, onde tudo é manifesto. Pois “não há criatura alguma encoberta diante dEle; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar” (Hebreus 4:13). Assim, se existe pecado, o Senhor nos corrigirá.
Portanto, é preciso que haja disposição em nós para abandonar as palavras vazias que muitas vezes permeiam nossas orações e se aproximar com um coração sincero e disposto não só para receber respostas, mas também correção. E, dentro deste contexto de oração, uma área que frequentemente precisamos ser corrigidos é a indisposição para perdoar. Este detalhe é tão relevante que o próprio Jesus nos adverte:
“E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.” (Marcos 11:25)
Não faz sentido algum orar se não estamos dispostos a corrigir nossas falhas. Devemos nos expor completamente à santidade do Senhor, caso contrário, nos tornaremos mornos e nossas orações não passarão de falatórios inúteis. O nosso Senhor exorta-nos a aquietar nosso coração diante dEle, em inteira certeza de fé; mas também “tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa” (Hebreus 10:22).
Este é o caminho estreito… você está disposto a trilhá-lo?