Leia Mateus 7:24,26
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.”
Ao examinar as Escrituras, torna-se evidente que não se trata apenas do que alguém professa com palavras, mas das ações que essa pessoa realiza. Alguém pode proclamar abertamente que “Jesus é o Senhor” e até mesmo repetir essa afirmação várias vezes. No entanto, se não obedecer à vontade de Deus conforme revelada em Sua Palavra, o Senhor o rejeitará. Isso se aplica aos falsos cristãos: embora afirmem verbalmente a autoridade do Senhor, suas ações não correspondem à fé que professam.
Em Mateus 7:24-27 (leia) lemos sobre o contraste nítido entre “dizer” e “fazer”, bem como entre “ouvir” e “fazer”. Na narrativa, as casas parecem seguras durante o bom tempo, mas apenas as tempestades revelarão a solidez da construção de cada edificação: se foi feita com prudência ou insensatez.
Jesus disse que o prudente é aquele “que ouve Suas palavras e as pratica, assemelhando-se a um homem que construiu sua casa sobre a rocha”. E, o insensato, é “aquele que ouve Suas palavras e não as pratica, assemelhando-se a um homem que construiu sua casa sobre a areia”. A diferença não reside apenas em ouvir ou não, pois ambos ouvem a Palavra de Deus. A verdadeira distinção está em agir de acordo com essa Palavra ou negligenciá-la. Além disso, a discrepância não está na aparência das casas, mas no fundamento sobre o qual são construídas: alicerces sólidos sobre a rocha ou bases instáveis na areia.
É essencial notarmos que ambas as casas enfrentam circunstâncias semelhantes; no entanto, os resultados são drasticamente diferentes. O construtor prudente investe no fundamento – invisível aos olhos – para proporcionar estabilidade durante as tempestades. Em contraste, o construtor insensato negligencia o alicerce e, embora sua casa pareça robusta em tempos de bonança, ela não pode resistir à intensidade da tempestade.
O construtor prudente ergue sua casa sobre a rocha, exemplificando uma vida construída sobre um relacionamento genuíno com Cristo (leia Mateus 16:18; 1 Coríntios 10:4; 1 Pedro 2:4-8). Por outro lado, o construtor insensato edifica sua casa sobre a areia, representando aqueles que fingem ter fé, mantendo um relacionamento superficial com Jesus e, embora possam enganar os homens, não podem enganar a Deus! (leia Ezequiel 13:13,14).
Ao longo da história, diversos foram os ataques ao fundamento da Igreja: os judeus rejeitaram a Cristo, a pedra angular da Igreja. Nos primeiros séculos da Igreja primitiva, o gnosticismo negou a encarnação de Jesus. Na Idade Média, a figura do Papa usurpou a centralidade de Cristo como fundamento, cabeça da Igreja e o único Mediador entre Deus e os homens.
Os ataques continuaram com o Iluminismo, o liberalismo e o neoliberalismo. Nos tempos atuais, o fundamento da Igreja é atacado pelo secularismo, sincretismo, relativismo, niilismo, hedonismo. Mas, todos estes ataques serão em vão contra aqueles que têm suas construções edificadas sobre a rocha, eles permanecerão firmes. Somente em Cristo o homem pode encontrar refúgio durante as tempestades presentes e da tempestade escatológica daquele Grande Dia!
“Portanto, removamos toda impureza e maldade, e aceitemos humildemente a Palavra que nos foi implantada no coração, pois ela tem poder para nos salvar. Não nos limitemos, porém, a ouvir a Palavra; mas coloquemo-la em prática. Do contrário, apenas enganaremos a nós mesmos.” (Tiago 1:21,22)
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