Leia Filipenses 2:25
“Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas necessidades.”
Paulo chama Epafrodito de “meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates”. Este cristão, por quem tinha tanto apreço, era seu companheiro nos desafios e sofrimentos do Evangelho. Epafrodito foi enviado pelos filipenses para consultar Paulo sobre questões específicas relacionadas à Igreja e para levar recursos destinados a suprir as necessidades do apóstolo.
O desejo sincero de Epafrodito era retornar aos filipenses, “porquanto tinha muitas saudades de vós todos, e estava muito angustiado de que tivésseis ouvido que ele estivera doente” (Filipenses 2:26). A doença é sempre desconfortável, não é mesmo? E você já havia parado para pensar sobre por que o apóstolo Paulo não curou Epafrodito?
Primeiramente, é importante ressaltar que o dom de curar e até mesmo ressuscitar os mortos (leia Atos 19:11,12; 20:7-10), tinha como propósito primordial servir como um sinal para os outros e confirmar a veracidade do Evangelho. Em segundo lugar, é crucial compreender que esse dom não estava sob o controle absoluto de Paulo, disponível a qualquer momento que ele desejasse, mas sim apenas quando o Senhor Deus considerasse apropriado.
Diante disso, é fundamental que todo cristão evite a concepção absurda de que Deus se sujeita ao homem, e não o contrário! Isso não implica na negação da importância da oração uns pelos outros; pelo contrário, significa que podemos e devemos orar ao Pai, em nome do Filho, através do Espírito Santo. No entanto, essa prática deve sempre ocorrer em submissão à vontade soberana de Deus.
Ao tranquilizar os filipenses sobre a recuperação de Epafrodito – “de fato esteve doente, e quase à morte; mas Deus se apiedou dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Filipenses 2:27) – Paulo destaca que Deus teve misericórdia não apenas de Epafrodito, mas também dele, evitando-lhe tristeza adicional.
“Por isso enviei-o mais depressa, para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza.” (Filipenses 2:28)
Paulo expressa seu desejo de confortar os filipenses com a presença de Epafrodito, um amigo valioso que arriscou sua vida para cooperar com Paulo. Isso contrasta com a apatia de muitos que professam o cristianismo nos dias de hoje, hesitando em sacrificar sono, dinheiro ou mesmo suas vidas pela causa de Cristo.
Aqueles que, como Epafrodito, verdadeiramente amam a Cristo e estão comprometidos com Seu Reino descobrirão a alegria de arriscar saúde e vida para servir e edificar a Igreja. Sobre “seu irmão e cooperador, e companheiro nos combates”, Paulo prossegue orientando os filipenses:
“Recebam-no com grande alegria no Senhor e deem-lhe a honra que ele merece, pois arriscou a vida pela obra de Cristo e esteve a ponto de morrer enquanto fazia por mim o que vocês mesmos não podiam fazer.” (Filipenses 2:29,30)
Será que estamos dispostos a alcançar, no Senhor, este nível de abnegação por amor a Cristo?