Leia Tiago 4:14
“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.”
Tiago agora adverte sobre o perigo da presunção, contrastando-a com a brevidade da vida. A presunção surge de um entendimento distorcido de nós mesmos e de nossas ambições, levando-nos a acreditar que o tempo está inteiramente sob nosso controle. É fazer planos como se tivéssemos domínio sobre o futuro:
“Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.” (Tiago 4:13)
Viver de forma presunçosa é agir como se nossa existência não dependesse de Deus, e isso constitui um sério pecado. Significa tomar em nossas próprias mãos a decisão de planejar e dirigir a vida à parte de Deus. Um exemplo bíblico que ilustra bem este assunto é a parábola do rico insensato:
“E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; e arrazoava ele entre si, dizendo: ‘Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos’. E disse: ‘Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga’. Mas Deus lhe disse: ‘Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?’ Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.” (Lucas 12:16-21)
O presunçoso encara a vida como um direito contínuo, ignorando que a cada dia é um renovar da misericórdia divina. Por isso, Tiago adverte:
“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.”
Tiago não está condenando o planejamento responsável sob autoridade de Deus. É claro que fazemos escolhas e estabelecemos metas, sonhos e planos. No entanto, a presunção deve ser evitada. Para preveni-la, precisamos reconhecer nossa ignorância: “Não presumas do dia de amanhã, porque não sabes o que ele trará” (Provérbios 27:1); e a brevidade da vida: “toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor” (1 Pedro 1:24).
Acima de tudo, devemos reconhecer nossa total dependência de Deus:
“Em lugar disso, devíeis dizer: ‘Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo’. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.” (Tiago 4:15,16)
A vida humana não está em nosso controle. Não conhecemos nosso futuro e não sabemos o que é melhor para nós. Portanto, devemos abandonar a presunção e buscar a vontade perfeita de Deus. Em vez de “determinar” ou “decretar” algo, devemos dizer: “Se Deus quiser, iremos, negociaremos e obteremos lucro”. Aquele que pensa que pode controlar seu futuro é tolo, pois a vida é incerta para nós, mas não para Deus. Qualquer tentativa de buscar segurança longe de Deus é uma ilusão.
Devemos resistir a isso!