Leia Atos 24:26

“Esperando ao mesmo tempo que Paulo lhe desse dinheiro, para que o soltasse; pelo que também muitas vezes o mandava chamar, e falava com ele.”

O apóstolo Paulo, apesar das adversidades, aproveitou ao máximo sua liberdade para propagar o Evangelho, mesmo ciente de que teria que enfrentar sofrimentos em nome de Cristo (Atos 9:16). Ele se dedicava a pregar a Palavra em todas as circunstâncias, sem considerar sua própria vida como valiosa. Paulo pregava o Evangelho em momentos oportunos e inoportunos, repreendendo e encorajando com paciência e doutrina, como também instruiu Timóteo (leia 2 Timóteo 4:1,2).

Mesmo quando estava preso, é possível imaginar que Paulo anunciou o Evangelho a inúmeras pessoas. Temos também registrado que, durante pelo menos dois anos (leia Atos 24:27), ele teve a oportunidade de pregar ocasionalmente para o governador Félix, que “também muitas vezes o mandava chamar, e falava com ele”.

No entanto, Félix acabou mantendo Paulo como prisioneiro e o deixou nesta condição quando foi afastado do cargo dois anos depois. Félix estava convencido de que Paulo não havia cometido nada que merecesse a morte ou prisão, mas não teve a honestidade de libertá-lo. Primeiramente, ele esperava “que Paulo lhe desse dinheiro, para que o soltasse”, o que não ocorreu. Além disso, ele queria obter a simpatia dos judeus. Sem dúvida, o motivo mais forte para essa atitude, era a ganância de Félix pelo dinheiro. Ele não libertaria Paulo porque esperava obter lucro com essa situação. Dessa forma, Félix não estava disposto a cumprir seu dever como juiz, a menos que houvesse um benefício financeiro envolvido.

E, movido por uma cobiça, o governador usou sua autoridade para manter Paulo preso. Isso parece injusto? Sim, é muito injusto! Mesmo Félix acreditando que estava no controle, ele não estava! O único que estava e continua no controle é o nosso Senhor e Salvador Jesus, o Cristo. E, se Jesus também é o seu Senhor, você deve viver de tal maneira que ninguém possa acusá-lo; e falará a verdade, ciente de que será julgado não pelo mundo, mas por Jesus a quem pertence a sua vida.

O Senhor “nos elegeu em Cristo antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Efésios 1:4). Para o cristão se manter santo e irrepreensível é necessário disciplina para dizer “não!” às coisas mundanas e fugir de qualquer tipo de oferta maliciosa. Não deve buscar agradar homens nem adaptar a Palavra de Deus para satisfazê-los, pois o cristão é uma testemunha de Cristo (leia Atos 1:8).

Ao pregar o Evangelho, o cristão não deve considerar o status das pessoas, pois a Palavra de Deus confronta o pecado de todos os homens com as mesmas instruções, sem distinção. Félix era uma autoridade, mas também um pecador convicto, e embora seja improvável que a pregação o levasse ao arrependimento, Paulo o trata com esperança em Deus, o único capaz de trazer pecadores das trevas para a luz!

Portanto,

prossigamos pregando o Evangelho em tempo e fora de tempo!