Leia Mateus 7:7,8
“Peçam, e receberão. Procurem, e encontrarão. Batam, e a porta lhes será aberta. Pois todos que pedem, recebem. Todos que procuram, encontram. E, para todos que batem, a porta é aberta.”
Agora, Jesus passa do nosso julgamento aos ouvintes irreverentes para a necessidade de nos examinarmos por meio da oração. Nos versículos de hoje, encontramos:
- Tríplice exortação – “Peçam!”; “Procurem!”; “Batam!”.
- Tríplice promessa – “Aqueles que pedem, recebem”; “aqueles que procuram, encontram”; “a porta será aberta para aqueles que batem”.
A oração requer vigor, persistência, humildade, perseverança e ousadia. Somente aqueles que continuam a pedir recebem, apenas os que persistem em buscar encontram, e a porta se abre somente para aqueles que insistem em bater. E não recebemos necessariamente o que pedimos, mas sim o que verdadeiramente precisamos!
Jesus enfatiza que nenhum pai daria ao seu filho uma pedra em vez de pão, ou uma cobra em vez de peixe, quando fazem esses pedidos:
“E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?” (Mateus 7:9,10)
A questão não é apenas a disposição dos pais em dar, mas a disposição de dar presentes bons, mesmo sendo imperfeitos. Jesus parte do pressuposto da natureza pecaminosa humana, mas deixa implícito que isso não significa que todos os seres humanos sejam tão maus quanto poderiam ser:
“Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus 7:11)
Lembrando que as “coisas boas” prometidas como resultado da oração não são as bençãos comuns da vida, mas àquelas concernentes ao Reino de Deus, como também mencionado no Evangelho segundo Lucas:
“Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem?” (Lucas 11:13)
Portanto, se seres humanos falíveis podem dar boas dádivas, imagine o presente que é o Espírito Santo de Deus! A presença do Espírito Santo em nosso coração é uma marca da nossa união com Cristo (leia Romanos 8:9). Na Trindade, o Espírito Santo é aquele que distribui os benefícios conquistados pelo Filho (leia Efésios 4:7,8) e ordenados pelo Pai.
Jesus conclui seu ensino sobre nosso autoexame com a tão conhecida “regra de ouro”:
“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhe também vós, porque esta é a lei e os profetas.” (Mateus 7:12)
Esta é uma aplicação prática do princípio “amar o próximo como a si mesmo” (leia Levítico 19:18). A palavra “portanto” indica uma conclusão dos ensinamentos anteriores (leia Mateus 7:1-11). Ou seja, além de sermos piedosos e cuidadosos em julgar, devemos tratar os outros da maneira que gostaríamos de ser tratados, reconhecendo que somos todos iguais e devedores uns aos outros. Caso contrário, nossa devoção será uma hipocrisia.
A razão que respalda a “regra de ouro” é que “esta é a lei e os profetas”. Tudo o que foi dito sobre nossos deveres para com o próximo pode ser resumido nesta regra. Portanto, qualquer ação que desejemos que os outros façam a nós, deve ser nossa ação em relação a eles. Pois, se o nosso Pai, que está nos céus, nos abençoa generosamente, também devemos ser generosos uns com os outros. Pois…
“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.” (Romanos 13:10)