Leia Filipenses 4:6
“…antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.”
A postura imediata de todo cristão diante de possíveis inquietações deve ser, antes de tudo, comunicar-se com Deus: “pela oração e súplica”. O apóstolo Paulo não diz: “peça a outros que orem por você”, ou “murmure um pouco, até ser ouvido por Deus”. Essas atitudes não serão eficazes quando o assunto for buscar a “paz de Deus”. Qualquer esforço para encontrar a paz que não tenha Cristo como centro deve ser considerado uma busca pela paz do mundo.
Paulo instrui que, em vez de nos sentirmos ansiosos, devemos apresentar nossas petições a Deus “pela oração e súplica, com ação de graças“. Mas surge a pergunta: como podemos ser agradecidos enquanto ainda fazemos pedidos? A resposta é simples: todo cristão genuíno deve expressar gratidão ao orar, pois a própria oração é resultado da graça abundante em Cristo Jesus. Portanto, nossas orações não devem se tornar desabafos, não devem ser marcadas por sentimentos de barganha ou queixas. Caso contrário, só encontraremos a paz do mundo, não a paz de Deus.
A paz de Deus, manterá nossos corações e pensamentos guardados em Cristo Jesus, inclusive ao orar. Por quê? Porque nosso coração é um grande oponente da paz de Deus. O profeta Jeremias descreveu o coração como “perverso e mais enganoso do que todas as coisas” (leia Jeremias 17:9). Jesus detalhou esse engano e perversidade do coração, identificando-os como “maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (leia Mateus 15:19).
Essas descrições destacam que o coração é o centro e a raiz do pecado em nós. Daí resultam pensamentos, sentimentos e atitudes que, sendo malignos, nos conduzem à inquietação. Por isso, Provérbios 4:23 nos adverte:
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”.
Além disso, no Salmos 51:10, lemos a oração de Davi:
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.”
Portanto, se desejamos verdadeiramente experimentar “a paz de Deus, que excede todo entendimento e guarda nossos corações e pensamentos em Cristo Jesus”, é necessário fazer conhecidas a ansiedade, a inquietação, a perturbação e o medo diante do Senhor, “pela oração e súplica, com ação de graças”. Assim, a paz de Deus nos protegerá de nós mesmos!