Leia João 14:27b
“Não se perturbe o vosso coração nem tenha medo.”
Como já aprendemos, a paz de Deus se estabelece mesmo diante de situações desafiadoras e perplexas que nos cercam, pois ela não se fundamenta na compreensão humana, como Paulo afirmou aos filipenses: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.” (Filipenses 4:7)
Este versículo inicia com um conectivo adverbial – neste caso, a vogal “e” – cuja finalidade é ligar o versículo presente a algo previamente mencionado. Em outras palavras, a expressão “e a paz de Deus” conecta o versículo 7 à exortação do versículo anterior: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Filipenses 4:6). Note que a orientação de Paulo coincide com a instrução de Jesus em João 14:27b: “Não se perturbe o vosso coração nem tenha medo.”
A ansiedade, a perturbação e o medo surgem da falsa paz oferecida pelo mundo. Portanto, Jesus e Paulo nos exortam a não nos deixarmos envolver por ela, mas sim adotarmos medidas preventivas.
A orientação dada por Jesus está detalhada ao longo do capítulo 14 do Evangelho segundo João. Primeiramente, devemos “crer em Deus e em Jesus” (leia João 14:1). A promessa de Jesus é que Ele voltaria para o Pai, mas prepararia um lugar para nós; e depois de preparar esse lugar, retornaria para que, onde Ele estiver, nós estejamos também (leia João 14:2,3). Além disso, Jesus promete não nos deixar órfãos, mas pediria ao Pai que enviasse um Consolador, que estaria conosco para sempre (leia João 14:16-18). Com base nessas promessas, por que trocaríamos a paz de Deus por ansiedade, perturbação ou medo?
A orientação de Paulo é “cortar o mal pela raiz”! A ansiedade é o primeiro resultado dos sentimentos inquietantes que podem afetar tanto nossa mente quanto nosso corpo. Se não lidarmos com essa inquietação, ela se transforma em uma ansiedade exagerada, ocupando nossa mente e substituindo pensamentos úteis por pré(ocupações), muitas vezes, inúteis. Portanto, diante de qualquer sinal de inquietação, é necessário agir imediatamente!
Ao invés de nos entregarmos à ansiedade, Paulo afirma que nossos pedidos devem ser, em tudo, apresentados diante de Deus. Pois, na maioria das vezes, nossas petições são os motivos de nossas inquietações. Por isso, Paulo nos adverte que, antes de andarmos ansiosos, devemos expor a Deus quais são os motivos que nos afligem.
O que tem te inquietado? Não sabe dizer? Comece, como o salmista, perguntando a si mesmo:
“Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim?” (Salmos 42:5).
Após identificar a causa, ou as causas, apresente-se totalmente diante de Deus. Isso é crucial, visto que, às vezes, evitamos compartilhar todas as nossas inquietações com o nosso Senhor. E, o que é pior, nem sempre nossa primeira reação à inquietação é recorrer a Deus.
Você não sabe como orar? Busque o auxílio do Espírito Santo!
Pois, “o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” (Romanos 8:26)
Portanto, antes de buscar o conselho de um amigo ou, até mesmo, tentar ignorar a existência de suas inquietações (que podem ser também pecados não confessados), torne-as conhecidas diante de Deus, nos mínimos detalhes! Dessa forma, você estará demonstrando se prefere a paz de Deus ou a paz do mundo.