Leia 2 Coríntios 5:17
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
Antes de experimentarmos a transformação pela ação do Espírito Santo, nossos corações eram como pedras, seguindo os desejos mundanos e cedendo às tentações da carne. Ninguém, absolutamente ninguém, poderia amar a Cristo perfeitamente até que o Espírito Santo mude seu coração de pedra em um coração de carne (Ezequiel 36:26,27); nos convença do pecado, justiça e juízo, e volte nossos olhos para Cristo. E, “assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
Quando nos convertemos a Cristo, as coisas antigas são deixadas para trás, e passamos a exibir, como novas criaturas, os frutos dessa conversão que acompanham a fé salvadora. Entre eles, destaca-se o arrependimento, que nada mais é do que a mudança de direção que nossa vida toma após a conversão. O arrependimento surge imediatamente da fé genuína (leia Mateus 4:17; 2 Coríntios 7:10), inclui um sincero repúdio ao pecado e uma disposição para obedecer a Deus (leia Atos 3:19).
Antes da conversão, estávamos presos em uma estrada de sentido único, e ainda somos tentados a percorrê-la. No entanto, Deus planta em nossos corações o amor e a confiança em Cristo. Embora parte de nós ainda possa ser atraída pelo pecado, o verdadeiro arrependimento envolve uma profunda tristeza por termos ofendido a Deus e um firme propósito de obedecê-Lo. O arrependimento não significa uma vitória total sobre o pecado, pois, se fosse assim, ninguém precisaria de salvação. No entanto, ele representa uma mudança completa de mentalidade (leia Romanos 12:1,2).
O arrependimento é um fruto que continuaremos a produzir ao longo de toda a nossa peregrinação. Não há pecado tão pequeno que não mereça condenação (leia Mateus 12:36; Romanos 5:12; 6:23), mas também não há pecado tão grande que condene aqueles que realmente se arrependem (leia Isaías 1:18; 55:7; Romanos 8:1). Ao mesmo tempo, não há um pecado sequer que não devamos nos entristecer por tê-lo cometido e que não precisamos confessar – um a um – ao Senhor (leia Lucas 19:8; 1 Timóteo 1:13,15). Temos a segurança de que, em todos os momentos, podemos humildemente buscar o perdão que foi obtido por meio da mediação e sacrifício de Cristo (leia 1 João 1:9,10; 2:1,2).
Outro fruto da conversão é a paz (leia Romanos 5:1). Por natureza, éramos inimigos de Deus, mas, em Cristo, a guerra chegou ao fim. Por causa do sacrifício perfeito de Jesus na cruz, Deus declara paz a todos os que depositam sua fé em Cristo. Essa paz não é uma trégua instável que termina na primeira falha; pelo contrário, é uma paz eterna e definitiva, conquistada não por nossos méritos, mas pela justiça perfeita de Cristo.
Quando somos declarados justos em Jesus Cristo, somos adotados na família de Deus, e esse é mais um fruto da conversão. Embora Cristo seja o único Filho verdadeiro, o Unigênito, Deus nos torna filhos por meio da adoção (leia Romanos 8:14,15). Ninguém nasce automaticamente na família de Deus; por natureza, somos filhos da ira (leia Efésios 2:1-3), não filhos de Deus; portanto, Deus não é nosso Pai por natureza, mas nosso Criador. Somente através da obra de Seu Filho é que podemos ser adotados por Deus como filhos.
E, sendo filhos de Deus, outro fruto da conversão que recebemos por meio de Cristo é o acesso a Deus (leia Romanos 5:2). Deus não permite que inimigos tenham um relacionamento íntimo com Ele, mas quando somos reconciliados com Deus por meio de Cristo, obtemos acesso à Sua presença (leia Hebreus 4:16). Portanto, a conversão é…
“voltar-se dos ídolos para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Tessalonicenses 1:8,9).
Você tem esperado o Senhor dessa maneira? Abandonou, realmente, seus ídolos, incluindo o próprio Ego, e tem servido ao Deus vivo e verdadeiro enquanto espera o retorno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo?