Leia Tiago 5:14,15
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.”
Oração é um tema recorrente na carta de Tiago, e um dos motivos para orar é a enfermidade. Ao tratar sobre este assunto, Tiago delineia as atitudes que devem ser adotadas pelos enfermos, pelos presbíteros e pelos irmãos nesse contexto específico.
Atitude do enfermo: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja…” (Tiago 5:14a)
Atitude dos presbíteros: “…e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tiago 5:14b,15)
Atitude dos irmãos: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tiago 5:16)
É importante notar que Tiago parece trazer um contexto de enfermidade como consequência de algum pecado; isto é percebido na ligação entre os versículos 14 a 16. Mas não podemos generalizar, pois nem toda doença é resultado de pecado pessoal! O apóstolo está delineando um procedimento específico em um contexto de enfermidade na comunidade cristã.
Quando um cristão ficava doente, ele chamava os presbíteros, que oravam e ungiam o enfermo com azeite. Alguns teólogos sugerem que o uso do óleo representava o emprego dos melhores recursos médicos disponíveis naquela época. Assim, Tiago enfatiza a importância da oração e do uso dos tratamentos médicos aceitos na época.
O apóstolo não desconsidera a medicina, mas destaca que buscar a Deus por meio da oração é fundamental! Perceba que não é a unção que cura o doente, mas “a oração da fé”. Quem levanta o enfermo não é o azeite, é o Senhor! Somente Deus tem poder tanto para curar, quanto para perdoar pecados.
Por isso, Tiago ressalta a importância da confissão de pecados. A confissão mútua entre os irmãos, seguida da oração uns pelos outros, é essencial “para que sareis”. Quando confessamos nossos pecados a Deus, além de nos perdoar, Ele nos “purifica de toda a injustiça” (leia 1 João 1:9). Quando confessamos nossas culpas uns aos outros, somos sarados da mágoa, da prostração e até da perturbação que advém da culpa. Pois, como disse o rei Davi:
“Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: ‘Confessarei as minhas transgressões ao Senhor’, e tu perdoaste a culpa do meu pecado.” (Salmos 32:3-5)
Assim, sempre que ofendermos uns aos outros, tais atos precisam ser confessados àqueles contra quem foram cometidos. Sempre que pessoas tentarem umas às outras ao pecado ou consentirem nos mesmos atos malignos, então precisam estimular-se mutuamente ao arrependimento.
Algumas vezes também será útil aos cristãos confessarem suas fraquezas e debilidades uns aos outros – em casos onde houver amizade íntima e sincera. Dessa forma, os irmãos podem ajudar-se mutuamente através das orações e também do encorajamento para lutar contra tais fraquezas. Pois quando “levamos as cargas uns dos outros, assim cumprimos a lei de Cristo” (Gálatas 6:2).
Portanto, oremos!
“A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tiago 5:16b)