Leia Atos 7:59,60
“E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.”
Um lembrete importante para todo cristão é que ao sermos salvos por Cristo, somos inseridos em Seu reino e passamos a fazer parte do Seu corpo, a Igreja. Consequentemente, passamos a ser Suas testemunhas. Mas… o que faz uma testemunha? Ela não fala de si mesma, mas simplesmente narra os fatos e o que sabe. Como testemunhas de Cristo, devemos proclamar a mensagem do Evangelho aos pecadores que, por sua própria natureza, são rebeldes espirituais que não conhecem a verdade e que resistem quando apresentados a ela.
Estêvão é um exemplo de testemunha que apregoou a verdade mesmo diante de falsas acusações. Ele pregou audivelmente a mensagem do Evangelho enfatizando que Deus não está restrito somente ao Templo (leia Atos 7:48-50) e que, além disso, é fato que os judeus sempre resistiram ao Espírito Santo perseguindo e resistindo aos profetas enviados por Deus (leia Atos 7:51-53); resistindo, perseguindo e matando, inclusive, Jesus.
O Evangelho sempre denunciará o erro, mas os homens não querem ouvir que estão errados e, muito menos, desejam mudar. A menos que Deus aja em suas mentes para alterar suas disposições interiores, eles persistirão em rebeldia e reagirão com incredulidade e impiedade. A impiedade pode chegar a tal ponto que investirão em falsas testemunhas para perverterem o discurso, como aconteceu com Estêvão.
Este ensino é aplicável a todos os cristãos, mesmo aqueles que não dedicam todo o seu tempo e esforço à proclamação do Evangelho, pois devem igualmente considerar seriamente o fato de ser uma testemunha de Cristo e estar preparado para sofrer por Ele. Embora muitos de nós não tenhamos sofrido o mesmo que Estêvão, é importante lembrar que cristãos em muitas partes do mundo já sofreram ou estão sofrendo perseguição por causa de sua fé.
Embora possamos não estar sofrendo atualmente, devemos considerar a possibilidade de enfrentar desafios futuros. Quando esses desafios chegarem, é importante lembrarmos que, como o mártir Estêvão, somos testemunhas de Cristo e permanecermos fiéis até o fim; e, quem sabe, como ele repetir as palavras de Jesus antes de morrer: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado” (leia Lucas 23:34,46).
Este é um assunto deveras confrontador e, ao mesmo tempo, mas extremamente necessário. Mas como o apóstolo Pedro escreveu:
“Se sofrerem, porém, que não seja por matar, roubar, causar confusão ou intrometer-se em assuntos alheios. Mas, se sofrerem por ser cristãos, não se envergonhem; louvem a Deus por serem chamados por esse nome!”
(1 Pedro 4:15,16 NVT)