Leia Atos 24:14,15
“Mas confesso-te isto que, conforme aquele Caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas. Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.”
Passaram-se aproximadamente doze dias desde a chegada de Paulo a Jerusalém (leia Atos 24:11) com o propósito de entregar a oferta coletada dos cristãos da Macedônia e Acaia aos irmãos necessitados na Judeia. Durante sua estadia, Paulo foi avistado no Templo pelos judeus da Ásia, o que resultou em sua prisão em meio a uma grande agitação.
Após ser ouvido junto ao Sinédrio e levado à fortaleza, o comandante Claudio Lísias enviou Paulo para a cidade de Cesareia, a fim de evitar que os judeus, que planejavam matá-lo, tivessem sucesso em seus intentos. Essa conspiração foi revelada ao comandante pelo sobrinho de Paulo (leia Atos 23:12-22).
No contexto dos versículos de hoje, Paulo se encontra diante do governador Félix, que, por ser a autoridade romana na Judeia, ocupa o papel de juiz. Ali, Paulo é falsamente acusado de ser uma peste que provoca desordem e dissensões, um agitador da “seita dos nazarenos” que tentou profanar o Templo. Os acusadores insistem que ele deve ser eliminado (leia Atos 24:5,6).
Ciente de que está diante de um juiz romano, Paulo, sob orientação do Espírito Santo, pronuncia palavras que levam Félix e seus acusadores a refletir sobre o verdadeiro julgamento, o julgamento divino. Após afirmar que seus acusadores não têm provas do que alegam, Paulo declara:
“Mas confesso-te isto que, conforme aquele Caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas. Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.”
Paulo revela que sua fé está firmada nas Sagradas Escrituras – a lei e os profetas – e é guiada por elas. Ele confessa que não está focado neste mundo nem em interesses seculares; sua esperança reside inteiramente em Deus. Toda a sua expectativa, desejo e dependência estão em Deus e em Seu justo julgamento.
Paulo expressa sua crença na ressurreição dos mortos, afirmando que os corpos dos homens, de todos os seres humanos desde o princípio até o fim dos tempos, ressuscitarão. Ele destaca que, não apenas a alma não morre com o corpo, mas o próprio corpo viverá novamente.
Essa ressurreição incluirá tanto os justos quanto os injustos, os santificados e os não santificados. Aqueles que praticaram o bem terão uma ressurreição para a vida, como Jesus nos ensinou, enquanto aqueles que praticaram o mal enfrentarão uma ressurreição para a condenação (leia Daniel 12:2; João 5:29). Os justos ressuscitarão por causa de sua união com Cristo como sua cabeça; os injustos ressuscitarão por causa do domínio de Cristo sobre eles como seu Juiz. Você também confessa essas verdades? E pode, assim como Paulo, declarar:
Tenho esperança em Deus de que haverá uma ressurreição realizada pelo Seu grande poder, em cumprimento da Palavra que Ele tem falado?
A ressurreição dos mortos é um fator fundamental da nossa profissão de fé, e aqueles que duvidam dela revelam sua ignorância tanto das Escrituras quanto do poder de Deus (leia Mateus 22:29). Medite sobre isso!