Leia Gálatas 5:22,23

 “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.”

Todos nós, cristãos e não cristãos, somos naturalmente atraídos por eventos extraordinários ou incomuns. Em se tratando dos cristãos, essa inclinação muitas vezes nos leva a focar mais nos dons do Espírito do que no fruto do Espírito. Todavia, alguém pode ser um pregador ou mestre talentoso, mas, apesar disso, demonstrar pouca evidência de crescimento em maturidade espiritual. Assim, a verdadeira marca de um cristão maduro não é o número de dons que possui, mas sim o quanto glorifica a Deus com o fruto que produz: “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (João 15:8).

O apóstolo Paulo, na carta aos Gálatas, destaca a importância do fruto do Espírito, ao enfatizar a diferença entre viver de acordo com a natureza carnal e viver guiado pelo Espírito: “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gálatas 5:16). Aqui, há um claro contraste entre carne e Espírito, entre a natureza corrupta e caída, e o novo homem regenerado (leia Gálatas 5:17,18).

Antes de aprofundar na explicação do que significa ser guiado pelo Espírito, o apóstolo nos alerta sobre o que definitivamente não é o fruto desejável (leia Gálatas 5:19-21). Esta passagem é impactante e, ao mesmo tempo, amedrontadora, pois nos deixa a mensagem inequívoca de que aqueles que se entregam a tais práticas “não herdarão o Reino de Deus”. Se essas ações definem seu estilo de vida e são características recorrentes em você, isso é um sinal de que ainda está vivendo segundo a carne, não segundo o Espírito. Se esses pecados listados ou outros similares são uma parte constante de sua vida, você não herdará o Reino de Deus!

Em contraste com as obras da carne, Paulo apresenta o fruto do Espírito:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio.”

Paulo exorta os cristãos a enfrentar uma batalha contra sua antiga natureza. Embora tenhamos sido transformados pela fé em Cristo, ainda vivemos em um mundo caído e estamos sujeitos à influência do pecado. Por isso, é crucial que estejamos constantemente imersos na Palavra de Deus e submetidos à disciplina do Espírito. Essa combinação nos convence do pecado, nos ajuda a fugir dele e nos capacita a cultivar um estilo de vida oposto. É através desse cultivo que frutos são produzidos, assim como Jesus ensinou: “Pelos seus frutos o conhecereis” (Mateus 7:20).

Ao refletir sobre nossa vida, devemos nos questionar sobre a marca que desejamos deixar. Queremos ser lembrados pelos nossos sucessos financeiros, vitórias, curas milagrosas e feitos extraordinários? Ou preferimos ser lembrados como pessoas que expressaram amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio? São essas virtudes que Deus deseja encontrar em nós, pois são elas que glorificam Seu nome.

Vale ressaltar que o fruto do Espírito é uma característica que deve ser manifestada em todos os cristãos. Quando Paulo aborda os dons do Espírito, ele destaca a importância da unidade e diversidade na Igreja. Cada indivíduo recebe dons específicos, concedidos pelo Espírito, para a edificação do corpo de Cristo. Alguns podem ter o dom de administrar, enquanto outros o dom de contribuir ou ensinar, por exemplo. Por outro lado, o fruto do Espírito não é uma questão de diversidade, mas de plenitude. Ele deve ser manifestado em toda a vida do cristão, independentemente dos dons que possuam! Medite sobre isso, pois, “contra essas coisas não há lei” que possa nos condenar ou castigar!