Leitura Bíblica: Marcos 14:12-16
Versículo-chave: “No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, quando o cordeiro pascal era sacrificado, os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “Onde quer que lhe preparemos a refeição da Páscoa?” (Marcos 14:12 NVT)
A Providência de Deus, sempre deveria nos maravilhar! Nosso Salvador foi crucificado justamente durante a festa da Páscoa, no exato dia em que, tradicionalmente, se imolava o cordeiro pascal. Isso claramente visava direcionar os olhos do povo de Israel para Aquele que é o verdadeiro Cordeiro de Deus! (João 1:29)
O “primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento” correspondia ao décimo quinto dia do mês de Nisã (Levítico 23:5-6). E, por causa das solenidades que aconteciam nesta época, Marcos fez questão de esclarecer para seus leitores o momento exato do ocorrido, especificando que foi na ocasião em que o cordeiro pascal era sacrificado – no décimo quarto dia do mês de Nisã (entre março e abril).
A festa da Páscoa levava os judeus a rememorarem o notável ato de libertação que Deus efetuou ao tirar seus antepassados da terra do Egito, após a morte dos primogênitos egípcios (Êxodo 12:25-27). Porém, acima de tudo, a Páscoa tinha a função de ser um sinal que apontava para uma redenção muito maior, a libertação da escravidão do pecado, realizada por nosso Senhor Jesus Cristo.
“Pois vocês sabem que o resgate para salvá-los do estilo de vida vazio que herdaram de seus antepassados não foi pago com simples ouro ou prata, que perdem seu valor, mas com o sangue precioso de Cristo, o Cordeiro de Deus, sem pecado nem mancha.” (1 Pedro 1:18-19 NVT)
A Páscoa trazia à memória dos judeus que a aspersão do sangue nas portas de suas casas salvou seus antepassados do anjo da destruição. Todavia, seu verdadeiro propósito era revelar uma verdade ainda maior: que o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado e nos livra da ira que há de vir.
“Com Seu próprio sangue, e não com o sangue de bodes e bezerros, entrou no lugar santíssimo de uma vez por todas e garantiu redenção eterna. Se, portanto, o sangue de bodes e bezerros e as cinzas de uma novilha purificavam o corpo de quem estava cerimonialmente impuro, imaginem como o sangue de Cristo purificará nossa consciência das obras mortas, para que adoremos o Deus vivo. Pois, pelo poder do Espírito eterno, Cristo ofereceu a si mesmo a Deus como sacrifício perfeito.” (Hebreus 9:12-14 NVT)
Portanto, devemos refletir profundamente sobre essas verdades. A morte de Cristo ocorreu exatamente na época em que os israelitas voltavam seus pensamentos para a libertação do Egito e para os eventos daquela noite memorável: o cordeiro sacrificado e compartilhado em família, o anjo destruidor, e o sangue aplicado nas portas.
Para nós, que agora vemos Cristo como a lente para a compreensão das ordenanças do Antigo Testamento, podemos nos alegrar ao descobrir cada vez mais que essas cerimônias estão cheias da luz do Evangelho e de verdades que nos trazem consolo e esperança.