Leia Romanos 1:16:
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê…”
À medida que líderes religiosos começaram a utilizar os meios de comunicação como rádio, televisão e internet para disseminar seus próprios ensinamentos, a palavra “evangelho” vem perdendo seu significado. Isso resultou em uma mensagem confusa, influenciada pelas opiniões humanas e que já não faz mais sentido. Para desfazer essa confusão, é necessário esclarecer o que não é o Evangelho. Embora o Evangelho seja Boas Novas, ele não se trata das boas novas sobre o que os cristãos desfrutarão na “nova Jerusalém que desce do céu”, nem sobre como Deus pode mudar a vida das pessoas em termos de sucesso, dinheiro, faculdade ou família. O Evangelho também não é baseado em experiências pessoais, pois isso leva ao mesmo erro dos setenta discípulos citados em Lucas 10.
Os discípulos foram enviados por Jesus para anunciar a chegada do Reino de Deus e, quando voltaram, ficaram alegres por terem experimentado “sucesso” ao fazer com que os espíritos os obedecessem. No entanto, Jesus os advertiu dizendo: “não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus” (leia Lucas 10:1,17,20). Ou seja, Jesus estava ensinando seus discípulos – e também nos ensina – a doutrina da eleição. Os discípulos deveriam se alegrar no que já havia acontecido na eternidade e que Cristo estava prestes a fazer, ao invés de se alegrarem em suas próprias experiências.
Assim como aqueles discípulos, muitos em nossos dias preferem promover “cultos” de curas, profecias e milagres do que pregar a alegria na doutrina da eleição. Eles creem que o homem é livre e se alegram apenas em suas próprias experiências, em vez de se regozijarem na obra de Deus. Porque o “evangelho de Cristo é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”. Sim! Cristo morreu pelos nossos pecados, não pelos pecados de todos no mundo, mas pelos pecados do Seu povo somente. Portanto, o Evangelho não se trata de experiências pessoais, mas sim da obra de Deus em favor de Seu povo. O Evangelho é Cristo crucificado e sua obra consumada na cruz. Pregar o Evangelho é apresentar Cristo publicamente como crucificado.
Portanto, sempre que pregar o Evangelho, pregue referindo-se à morte de Cristo na cruz. Exponha a doutrina da obra consumada de Cristo e faça isso publicamente, ousadamente, vivamente de modo que, ao ouvir o Evangelho, as pessoas sejam confrontadas com o Cristo crucificado!