Leitura Bíblica: Marcos 14:14-21
Versículos-chave: “Quando estavam à mesa, comendo, Jesus disse: ‘Eu lhes digo a verdade: um de vocês que está aqui comendo comigo vai me trair’. Aflitos, eles protestaram: ‘Certamente não serei eu!’.” (Marcos 14:18-19 NVT)
Jesus forneceu aos Seus discípulos instruções minuciosas sobre como encontrar o local apropriado para preparar a refeição da Páscoa, evidenciando mais uma vez Sua perfeita ciência dos acontecimentos vindouros — assim como havia feito ao orientar os discípulos a respeito de onde encontrariam o jumentinho que Ele montaria em Sua entrada triunfal em Jerusalém (Marcos 11:1-6).
Segundo as instruções de Jesus, um homem carregando uma vasilha de água viria ao encontro dos dois discípulos que foram enviados, e estes deveriam segui-lo. Ao entrarem na casa, deveriam dizer ao dono do imóvel:
“O Mestre pergunta: ‘Onde fica o aposento no qual comerei a refeição da Páscoa com meus discípulos?’” (Marcos 14:14 NVT)
Para nós, essa situação pode parecer um tanto incomum, mas naquela época, os moradores de Jerusalém costumavam alugar quartos durante a celebração da Páscoa para receber os viajantes vindos de outras regiões. Foi em um desses espaços que Jesus celebrou a refeição pascal com os Doze.
Mesmo já estando envolvido em uma trama para entregar Jesus (Marcos 14:10-11), Judas não foi afastado da comemoração, apesar de Cristo ter pleno conhecimento de sua traição. A conversa à mesa provavelmente girava em torno da libertação do povo de Israel e da preservação dos primogênitos. No entanto, Jesus surpreendeu a todos com uma afirmação que alterou drasticamente o ambiente:
“Quando estavam à mesa, comendo, Jesus disse: ‘Eu lhes digo a verdade: um de vocês que está aqui comendo comigo vai me trair’. Aflitos, eles protestaram: ‘Certamente não serei eu!’.” (Marcos 14:18-19 NVT)
O ambiente até então era de comunhão e alegria, mas as palavras do Mestre introduziram tensão e incerteza. A partir daquele momento, os discípulos começaram a suspeitar uns dos outros, especialmente após Jesus dizer:
“É um dos Doze. É alguém que come comigo da mesma tigela. Pois o Filho do Homem deve morrer, como as Escrituras declararam há muito tempo. Mas que terrível será para aquele que o trair! Para esse homem seria melhor não ter nascido.” (Marcos 14:20-21 NVT)
Para os judeus, compartilhar uma refeição simboliza vínculo e lealdade, o que agravou ainda mais a atitude de Judas. Apesar de Jesus ter sido “entregue conforme o plano preestabelecido por Deus e seu conhecimento prévio daquilo que aconteceria” (Atos 2:23), isso não isenta Judas de sua responsabilidade nem o poupa das consequências de seus atos. Ao contrário: “que terrível será para aquele que o trair… seria melhor não ter nascido!”
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