Leia Tiago 3:5
“Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas…”
Esta é uma verdade inegável: a língua é um pequeno membro do corpo, mas é capaz de guiar multidões, tanto para o bem quanto para o mal. Para ilustrar esta declaração, Tiago utiliza duas metáforas: o freio e o leme.
“Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa.” (Tiago 3:3,4)
O cavalo, apesar de sua imensa força física, é domado por um instrumento pequeno, a rédea. De maneira similar, um navio imenso, mesmo sendo empurrado por ventos fortes, obedece ao leme manipulado pelo piloto. Ambas as ilustrações compartilham um elemento crucial: o pequeno controla o grande. O que aconteceria se um cavalo não tivesse rédeas? Tornar-se-ia um agente de destruição. E um navio sem leme? Estaria fadado à ruína.
“Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas…”
“Assim também é a língua”: dominá-la significa guiar a própria vida, enquanto permitir que ela esteja no controle pode resultar em destruição. Para reforçar esse ensinamento, Tiago descreve os efeitos prejudiciais de permitir que algo tão pequeno nos domine: “vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia” (Tiago 3:5b). E então, ele descreve a língua:
“A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.” (Tiago 3:6)
“A língua é um fogo”: o dano que a língua pode causar é comparável à devastação causada por um incêndio em uma floresta. Este cenário era familiar aos judeus na Palestina, onde durante a estação seca, a vegetação ressecada facilmente se transformava em um campo inflamável. Assim como uma pequena faísca pode desencadear um incêndio incontrolável, uma palavra pequena pode iniciar uma longa contenda (leia Provérbios 15.1).
“A língua é um mundo de iniquidade”: a iniquidade descreve comportamentos contrários à moral, religião e justiça. Ela é praticada por pessoas injustas e perversas que transgridem as leis morais e éticas sem constrangimento. Segundo a Bíblia, a iniquidade ocorre quando nos acostumamos com o pecado a ponto de não sentir mais vergonha por cometê-lo. Quando o pecado se torna algo natural é um sinal de iniquidade.
“A língua contamina todo o corpo, inflama o curso da natureza e é inflamada pelo inferno”: a língua desperta a corrupção no coração, e mancha a vida e o caráter da pessoa. Essa influência destrutiva tem origem interna (leia Mateus 15.18,19) e é intensificada pelo inferno. Portanto…
“Não sejamos como o cavalo ou a mula, que não têm entendimento e precisam de freios e rédeas para ser controlados” (Salmos 32:9). Mas, “guardemos a nossa língua do mal, e os nossos lábios de falarem o engano” (Salmos 34:13).