Leitura Bíblica: Atos 15:30-41
Versículo-chave: “Houve grande alegria em toda a igreja no dia em que leram essa mensagem animadora.” (Atos 15:31 NVT)
Nos primeiros tempos da igreja primitiva, ela era composta majoritariamente por judeus. No livro de Atos, capítulo 8, a mensagem do Evangelho se propagou entre os samaritanos, e muitos receberam Jesus como Salvador. Já no capítulo 10, o apóstolo Pedro foi o pioneiro em anunciar o Evangelho diretamente aos gentios, resultando na conversão de muitos. Nos capítulos 13 e 14, Paulo e Barnabé desenvolveram um trabalho frutífero entre os gentios.
A crescente conversão de gentios à fé em Cristo gerou inquietação entre os cristãos judeus, conforme registrado inicialmente em Atos 11:1-18. As dúvidas levantadas foram, por fim, resolvidas no Concílio de Jerusalém. As principais questões em debate eram: Os gentios deveriam primeiro aderir ao judaísmo antes de se tornarem cristãos? Eles precisariam seguir a Lei Mosaica após a conversão?
A decisão criteriosa de Tiago contribuiu para que a igreja se expandisse sem as barreiras culturais que separavam judeus e gentios. Da mesma forma, ao compartilharmos as boas-novas com pessoas de diferentes contextos culturais, sociais e econômicos, devemos garantir que as exigências impostas à fé sejam condicionais por Deus e não meramente por tradições humanas. A carta que comunicava a deliberação do Concílio de Jerusalém trazia as seguintes instruções para os cristãos gentios:
“Abstenham-se de comer alimentos oferecidos a ídolos, de consumir o sangue ou a carne de animais estrangulados, e de praticar a imoralidade sexual.” (Atos 15:29 NVT)
Primeiramente, os gentios foram instruídos a evitar qualquer envolvimento com a idolatria. Ou seja, não deveriam se associar a práticas pagãs, nem participar de celebrações, cerimônias ou banquetes que incluíssem sacrifícios oferecidos a deuses falsos. Essa orientação estava diretamente ligada à ingestão de sangue, uma prática estritamente proibida para os judeus, pois “a vida do corpo está no sangue” (Levítico 17:11-14). Como o uso de sangue era comum entre os gentios, especialmente em rituais idólatras, eles foram instruídos a renunciar a essa prática.
Outro ponto essencial, também relacionado à questão do sangue, dizia respeito à carne de animais sufocados. Matar um animal sem permitir o escoamento de seu sangue, significava que a carne seria consumida junto com ele, o que era proibido.
Por fim, os gentios foram orientados a evitar a prostituição e todas as formas de impureza sexual, pois esse era um hábito muito difundido entre eles. A permanência nesse pecado traria um grande escândalo à fé cristã. Essa advertência aparece repetidamente nas Escrituras do Novo Testamento.
Ao receberem a carta, os gentios das regiões de Antioquia, Síria e Cilícia não reagiram com mágoa ou ressentimento. Pelo contrário, “houve grande alegria em toda a igreja no dia em que leram essa mensagem animadora” (Atos 15:31 NVT). Livres de exigências desnecessárias, a salvação pela graça e somente pela fé trouxe aos cristãos gentios grande alegria.
E você, que tipo de fruto tem produzido após ser exortado?